COP 21 : Dia consagrado aos transportes
O dia de hoje foi consagrado aos transportes na Conferência da ONU sobre alterações climáticas, COP21, a decorrer no Bourget, perto de Paris. As delegações que representam 195 países encarregados de chegar a um novo acordo sobre o clima têm em mãos um projecto com cerca de 250 opções.
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Até amanhã de manhã, os negociadores têm de transformar o texto inicial, cheio de parênteses, numa versão com objectivos concretos para o acordo de Paris.
O novo documento deve definir, por exemplo, quem paga os danos das alterações climáticas e se o acordo vai ser vinculativo ou opcional. Pela frente, as delegações presentes em Paris têm a tarefa de negociar e retirar todos os parênteses possíveis do texto inicial do acordo de Paris e torná-lo numa versão final mais concreta.
Esta manhã, o texto passou de 55 para 50 páginas, publicadas esta manhã no site da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). "O número de opções não foi reduzido e mantém-se em cerca de 250. O texto contem ainda muitas premissas: 1400 em vez das 1250 destacou Matthieu Orphelin, porta-voz da Fundação Nicolas Hulot (FNH).
"Para mim a COP 21 é o culminar de todo o processo que vim fazer aqui na Europa. Estive em sete países da Europa como embaixador do clima e a partilhar a experiência que a Livaningo tem, que a sociedade moçambicana tem porque em Moçambique existe uma plataforma da sociedade civil para as mudanças climáticas e a Livaningo é membro fundador", declarou o representante da ONG moçambicana Livaningo.
Domingos Pangueia é membro da ONG ambientalista moçambicana Livaningo e conta-nos que fez todo um périplo pela Europa até chegar à capital francesa para participar neste evento.
"Uma das mensagens que trago nesta minha digressão, principalmente aqui na COP, é a inclusão das políticas que valorizam o género, a juventude - visto que em Moçambique mais de 60% das famílias são lideradas pelas mulheres e são elas que praticam a agricultura. A economia moçambicana depende muito mais da agricultura em mais de 70%, e essa actividade é muito afectada pelas mudanças climáticas", afirmou Domingos Pangueia entrevistado pelo nosso enviado especial Miguel Martins.
Domingos Pangueia, da ONG ambientalista moçambicana Livaningo
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