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Atentados/Investigação

Mais dois suspeitos são indiciados pelos atentados de Paris

Dois conhecidos do jihadista francês Amédy Coulibaly, que matou quatro judeus e uma policial em janeiro, na região parisiense, foram indiciados nesta sexta-feira (13) sob acusação de "participação em associação terrorista visando crimes contra pessoas". A justiça determinou a prisão provisória dos acusados.

O supermercado Hyper Cacher, palco de um atentado sangrento no dia 9 de janeiro, reabrirá suas portas no próximo domingo.
O supermercado Hyper Cacher, palco de um atentado sangrento no dia 9 de janeiro, reabrirá suas portas no próximo domingo. REUTERS/Yves Herman
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Os dois homens, identificados pelos nomes de Amar e Said, fazem parte de um grupo que estava sob custódia da polícia desde o início da semana. Outros dois detidos foram liberados sem acusações.

Segundo fontes policiais, Amar mantinha contato direto com Coulibaly. Eles trocaram centenas de mensagens por telefone (SMS) nos meses que antecederam os atentados. Amar e Coulibaly se encontraram, inclusive, na véspera do ataque contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo.

Geolocalização de celular ajudou a polícia

A polícia chegou a Amar pelo sistema de geolocalização de celulares. O telefone do suspeito foi identificado ao lado da casa de Coulibaly. Os dois homens se conheceram na prisão e tornaram-se amigos. No entanto, Amar nega implicação nos atentados. Seu advogado afirma que ele desconhecia a radicalização do jihadista morto e não tem a menor atração pelas teses jihadistas e terroristas. Amar esteve preso por tráfico de drogas e posse de armas na Espanha.

Contra o segundo indiciado, Said, pesa um indício de ADN. Material genético de Said foi achado em uma das pistolas elétricas Taser que Coulibaly possuía.

Amigos ou cúmplices?

Durante as investigações, outras quatro pessoas próximas de Coulibaly foram indiciadas e tiveram prisão preventiva decretada no final de janeiro. Tonino Gonthier, Willy Prévost, Christophe Raumel e Michaël Alwatik teriam fornecido ou ajudado Coulibaly a conseguir armas ou veículos. A esposa do jihadista, Hayat Boumeddiene, conseguiu fugir para a Síria.

A maior dificuldade dos investigadores é estabelecer se os suspeitos atuaram como cúmplices diretos dos atentados. Todos afirmam que não conheciam os planos de Coulibaly, mas a polícia sabe que o terrorista contou com apoio logístico. Coulibaly era um delinquente desde a adolescência e só tinha amigos nesse meio.

Dois homens ligados aos irmãos Kouachi, autores do atentado contra o jornal Charlie Hebdo, foram identificados quando se dirigiam à Síria e entregues às autoridades francesas. São eles Fritz-Joly Joachin e Cheikhou Diakhabi, que também foram indiciados.

Supermercado judaico reabre no domingo

O mercado judaico palco do sequestro que terminou com quatro judeus assassinados por Coulibaly no dia 9 de janeiro passado reabrirá as portas ao público no próximo domingo (15).

O Hyper Cacher foi inteiramente renovado depois de ter ficado bastante danificado com a invasão da polícia. O antigo gerente, Patrice Oualid, decidiu se mudar para Israel. A rede contratou uma nova equipe para trabalhar no local.

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