Funcionários da easyJet fazem primeira greve na França
Na terça e quarta-feira, em plenas férias de verão, os aviões da companhia aérea britânica easyJet podem não decolar, prejudicando milhares de passageiros.
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Pela primeira vez na França, a Unac - terceiro sindicato da companhia easyJet, que reúne 500 aeromoças e comissários de bordo - optou pela greve como forma de fazer valer suas reivindicações. O chamado do sindicato contra a companhia low cost, que não costuma seguir as legislações em vigor nos países em que opera, foi feito para estas terça e quarta-feira, em plenas férias de verão na Europa, quando o movimento de passageiros aumenta consideravelmente.
Entretanto, na manhã desta terça-feira, o movimento prejudicou os serviços em menor intensidade do que os passageiros poderia imaginar. O clima no aeroporto de Orly, em Paris, era de tranquilidade. A companhia, que garante operar a 99%, adotou algumas medidas estratégicas, como trocar aviões grandes por pequenos, diminuindo a necessidade de tripulantes. Somente uma dezena de passageiros não conseguiu embarcar para um voo com destino à Berlim, às 7h20. Outros voos com destino a Nice e Nápoles operaram sem contratempos. Os passageiros que não couberam no avião com destino à Alemanha pegarão outro voo hoje à noite ou amanhã.
O principal motivo da greve é a reivindicação de reajustes nos salários nos casos de licença médica. Os funcionários tambem pedem melhorias nas indenizações em caso de acidente. Os principais sindicatos da empresa, o CFTC o SNPNC, já assinaram um acordo salarial com a empresa.
A easyJet estima que 12 milhões de passageiros voaram em seus aviões neste ano. Líder das companhias
low cost, é concorrente da Air France em diversas rotas.
Em agosto os viajantes poderão enfrentar mais problemas: um chamado de greve entre os dias 5 e 8 de agosto foi lançado pelo Sindicato Nacional dos Pilotos de Avião.
Alemanha
Se esta é primeira vez que a companhia aérea entra em greve na França, na Alemanha as aeromoças e comissários de bordo votaram no fim de junho, por maioria, a realização de uma greve para reivindicar melhores salários. Os diretores do sindicato francês lembram que não só na Alemanha, mas em toda a Europa, aumentam as tensões contra a easyJet.
Pedro Simão em colaboração para RFI
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