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França

Continua bloqueio dos agricultores cujo cerco está cada vez mais perto de Paris

Os agricultores franceses estão a protestar nos arredores de Paris pelo terceiro dia consecutivo e estão cada vez mais perto do coração da capital francesa. Há vários eixos bloqueados nas 8 principais auto-estradas que dão acesso a Paris e a classe trabalhadora promete só parar quando tiver respostas concretas por parte do executivo.

Tractores que bloqueiam a auto-estrada A6, nos arredores de Paris, neste dia 31 de Janeiro de 2024.
Tractores que bloqueiam a auto-estrada A6, nos arredores de Paris, neste dia 31 de Janeiro de 2024. © Stefanie Palma / RFI
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Os agricultores estão cada vez mais perto do aeroporto de Orly, o segundo maior da capital francesa, e também do mercado internacional de Rungis, o maior mercado de frescos da Europa. Avançaram vários quilómetros durante a noite em direcção a Paris porque os anúncios desta terça-feira feitos pelo primeiro-ministro, Gabriel Attal, não convenceram a classe trabalhadora.

Na auto-estrada A6, os agricultores estão já a cerca de 10 quilómetros destes dois pontos estratégicos e a cerca de 17 quilómetros do centro de Paris.

Neste ponto de bloqueio, está aqui montado um forte dispositivo de segurança. Estão lá estacionados inclusivamente dois carros blindados da guarda nacional e muitas carrinhas da polícia de intervenção rápida.

O executivo demonstra, para já, uma postura de moderação, uma “postura defensiva”, mas reitera que os agricultores não poderão entrar com os tractores nestes dois locais, nem tão pouco em Paris. Essas são “as linhas vermelhas” para o governo francês, voltou a recordar, esta quarta-feira, o ministro do Interior, Gerald Darmanin.

Um dos tractores que bloqueiam a auto-estrada A6, nos arredores de Paris, neste dia 31 de Janeiro de 2024.
Um dos tractores que bloqueiam a auto-estrada A6, nos arredores de Paris, neste dia 31 de Janeiro de 2024. © Stefanie Palma / RFI

Os agricultores com quem a RFI falou ao longo do dia defendem que o objectivo é avançar o máximo possível, até que as suas reivindicações sejam ouvidas e que não vão desistir até que isso aconteça.

É preciso não esquecer que este movimento reivindicativo tem o apoio de uma esmagadora maioria da população francesa.

Ao longo de toda a manhã, os populares têm trazido vários mantimentos para doar aos agricultores, para que eles possam continuar em luta durante vários dias. Esta onda de solidariedade tem sido extensível a todos os pontos de bloqueio nos arredores da capital francesa.

Para já, o protesto não tem data para terminar, mas os agricultores aguardam com expectativa a reunião entre Emmanuel Macron, o Presidente francês e Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia. Os dois reúnem-se, esta quinta-feira, em Bruxelas à margem da cimeira dos 27 e deverão discutir esta crise agrícola que está a assolar França e também vários outros países europeus.

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