França vive uma terceira noite de violência
A França viveu mais uma noite de violência, três dias após a morte de Nahel, um jovem de 17 anos baleado pela polícia depois de ter recusado parar o veículo durante um controlo em Nanterre. Uma reunião de crise presidida por Emmanuel Macron tem lugar agora em Paris.
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O governo francês mobilizou 40.000 forças policias para tentar conter os tumultos que se registaram em toda a França, 249 dos quais ficaram feridos, enquanto 875 pessoas foram detidas no final de uma noite de "rara violência", segundo o ministro francês da Administração Interna, Gérald Darmanin.
[#OrdrePublic] Pour rétablir l'ordre, prévenir les actes de vandalisme et interpeller les fauteurs de troubles, la #PoliceNationale était fortement mobilisée cette nuit sur tout le territoire : sécurité publique, CRS, mais aussi détachements du RAID dans plusieurs agglomérations. pic.twitter.com/7KNkgOEV8g
— Police nationale (@PoliceNationale) June 30, 2023
No centro de Paris, dezenas de lojas foram danificadas e saqueadas, 150 pessoas foram detidas, de acordo com o Ministério Público de Paris. No resto da região de Paris, nomeadamente na Seine-Saint-Denis, todas as cidades foram palco de violências, segundo a AFP.
Valérie Pécresse, presidente da região, já anunciou que vai desbloquear 20 milhões de euros de ajuda de emergência para recuperar as infra-estruturas e os meios de transporte da região.
The largest library in Marseille, the Alcazar, is burning down.
"Those who burn books will in the end burn people."
– Heinrich Heinepic.twitter.com/ogCecMlMJi
— Dr. Eli David (@DrEliDavid) June 30, 2023
No resto do território de francês, os edifícios públicos também foram alvo de actos de vandalismo: em Marselha, a biblioteca municipal do Alcazar foi danificada na sequência de um incêndio. Em Amiens, no norte de França, um infantário foi incendiado, enquanto centenas de fogos foram registados em todo o país.
O governo vai agora tentar encontrar uma solução, com a possibilidade de impor um estado de emergência ao final da reunião de emergência que começou as 13h, hora de Paris. A Primeira-ministra indicou que ‘todas as respostas são possíveis” para conter a situação.
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