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França

Emmanuel Macron propõe melhorar condições de vida dos franceses, mas sindicatos recusam propostas

O Presidente francês, Emmanuel Macron, falou na segunda-feira à noite aos franceses justificando a aplicação da reforma do sistema de pensões e propondo novas medidas como melhorias salairiais, saúde e educação. No entanto, os sindicatos dizem que é demasiado tarde para negociar e prometem grande protesto para o 1º de Maio, dia do trabalhador.

Emmanuel Macron falou ao país na segunda-feira à noite.
Emmanuel Macron falou ao país na segunda-feira à noite. AFP - SEBASTIEN BOZON
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Emmanuel Macron falou aos franceses pela primeira vez depois vários meses numa mensagem televisiva gravada e emitida na televisão francesa às 20h, na segunda-feira. O Presidente afirmou ter "ouvido" os protestos dos franceses contra a reforma do sistema de pensões, mas indicou que esta era uma lei "necessária".

"Esta raiva existe porque alguns sentem que fazem a sua parte, mas não se sentem recompensados. Ninguém pode ficar surdo, sobretudo eu, em relação às reivindicações de justiça social. A resposta não pode estar no imobilismo nem no extremismo, devemos agir em conjunto", disse o líder francês.

De forma a promover 100 dias de apaziguamento da sociedade francesa, o Presidente propôs começar desde a próxima semana negociações com patrões e sindicatos sobre o mercado de trabalho, nomeadamente o aumento dos salários e maior evolução nas carreiras.

Emmanuel Macron propôs ainda tornar a justiça mais eficaz, contratando mais magistrados e polícias, assim como melhorar as condições de trabalho dos professores e reformular os liceus profissionais. Já na saúde, o Presidente prometeu 'desentupir' as urgências dos hospitais e mais médicos para a população.

Perante estas propostas e logo após a mensagem do Presidente, centenas de manifestantes em diferentes cidades como Nantes, Rennes, Paris ou Marselha marcharam nas ruas para rebater a ideia de que o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos era algo "necessário" para o país, causando confrontos entre a polícia e os participantes nestes protestos.

Os sindicatos, unidos nos protestos contra esta reforma, disseram que não haverá qualquer negociação antes do 1º de Maio, data de uma grande protesto nacional contra Emmanuel Macron e o Governo.

"Ele deu-nos a mão, depois de nos fazer um manguito", disse Sophie Binet, líder da CGT, uma das maiores centrais sindicais francesas, em declarações à televisão francesa.

Já a oposição política mostrou-se desiludida com a mensagem do Presidente, com o líder da extrema-esquerda, Jean-Luc Melenchon, a dizer que ele está "completamente fora da realidade", enquanto a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, a afirmar que o chefe de Estado francês "está preso num mundo paralelo".

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