Refinaria de Feyzin mantém protesto e pede um mediador da República
Apesar de muitas refinarias em França terem acabado os protestos após o acordo de 14 de Outubro, em que a Total garantiu um aumento de 7% dos salários em 2023, os trabalhadores de Feyzin decidiram continuar o protesto. Perante uma direcção que não quer negociar mais, pedem agora a intervenção do Estado.
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"Na nossa refinaria, nós continuamos em greve, os empregados não querem voltar a trabalhar. Querem as reivindicações que eles querem e direcção está completamente fechada", declarou Pedro Afonso, líder da CGT na refinaria de Feyzin.
Este sindicalista com raízes portuguesas, explicou à RFI que ainda não há um horizonte para a retoma do trabalho nesta refinaria junto a Lyon, já que com a recusa da direcção em negociar, os trabalhadores pedem agora a intervenção do Governo com a nomeação de um moderador da República que faça a ponte entre os grevistas e a Total.
"Neste momento não há seguimento por parte da direcção e nós agora pedimos um mediador da República que é alguém nomeado fora da refinaria para falar sobre as nossas reivindicações", indicou Pedro Afonso.
As única refinarias em França que mantêm a greve são Feyzin e Gonfreville, na Normandia, não aceitando as condições negociadas pelos sindicatos CFE-CGC e CFDT com a Total.
Em Feyzin, mais do que acordos dos aumentos salariais, os trabalhadores pedem a integração de quatro colegas que trabalham para empresas de trabalho temporário. Segundo Pedro Afonso, a integração destes colegas é essencial para que o trabalho se faça em segurança nesta refinaria.
Quanto às requisições pedidas pelo Governo no auge da greve e quando 30% das estações de serviço não tinham gasolina ou gasóleo, desde a semana passada que os trabalhadores de Feyzin deixaram de ser fustigados pela polícia, já que, pouco a pouco, a situação das bombas de gasolina em França voltou à normalidade, não havendo actualmente escassez.
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