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Operação Barkhane

França recusa ter presença militar no Mali "a qualquer preço"

A ministra francesa da Defesa, Florence Parly, disse hoje que a França não manterá a presença militar no Mali a qualquer preço e admitiu haver tensões crescentes entre a missão militar francesa e a junta militar maliana que tomou o poder em Maio de 2021.

França considera que as condições para manutenção das missões Barkahne e Takuba são "difíceis" no Mali.
França considera que as condições para manutenção das missões Barkahne e Takuba são "difíceis" no Mali. Thomas COEX AFP
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As relações entre Paris e Bamako têm vindo a deteriorar-se nos últimos meses, mas nos últimos dias as trocas de mensagens fortes entre os dois países têm vindo a acelerar-se. Hoje, a ministra da Defesa francesa, Florence Parly disse que a França não ficará a qualquer preço com uma presença militar no país e que a prioridade é o combate ao terrorismo.

"Não podemos ficar no Mali a qualquer preço. O que queremos é continuar a lutar contra o terrorismo porque esse combate ainda não está terminado", disse a ministra em declarações à rádio France Inter.

No entanto, a ministra disse que as condições para a continuação das operações Barkhane e Takuba, duas operações militares que a França tem no terreno para combater o terrorismo na região, são cada vez mais difíceis, denunciando que a junta militar que tomou o poder em Maio de 2021 "quer conservar o poder" e tem uma "legitimidade discutível".

Na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, já tinha dita que após a junta ter forçado a retirada de 100 soldados dinamarquses que tinha chegado para reforçar a operação Takuba, as forças europeias presentes no terreno estão a levar a cabo conversações com os parceiros africanos para decidir os próximos passos.

Já aos microfones da RFI Abdoulaye Diop, chefe da diplomacia maliana, pediu a Paris que respeite a soberania do seu país, revelando que Bamako já tinha pedido a Paris uma revisão dos termos do acordo militar que valida as operações militares por considerar que não respeitam a Constituição do Mali, garantindo que o seu país está aberto ao diálogo.

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