João Sousa: «É sempre um orgulho jogar em Roland-Garros»
João Sousa, único tenista português presente no quadro principal do Grand Slam francês, Roland-Garros, acabou por ser derrotado na primeira ronda da vertente de singulares e da vertente de pares.
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O tenista português, que fazia dupla com o holandês Robin Haase, acabou por ser derrotado pela dupla composta pelo sueco Robert Lindstedt e pelo australiano Jordan Thompson, em três sets com os parciais de 6-2, 3-6 e 5-7 em 1 hora e 48 minutos, isto na vertente de pares.
No que diz respeito à vertente de singulares, João Sousa foi derrotado pelo eslovaco Andrej Martin em três sets com os parciais de 5-7, 1-6 e 2-6 em 1 hora e 53 minutos.
Em entrevista à RFI, João Sousa analisou a derrota na primeira ronda de pares, fazendo também um balanço geral dos seus dois jogos em Roland-Garros, um torneio importante para o tenista português.
Que análise podemos fazer a esta derrota?
Foi o primeiro encontro de pares depois desta paragem forçada. A verdade é que joguei a um nível bastante bom. Não estava a espera de ter tanto mecanismo a jogar pares como tive. Não fiz um mau encontro tanto eu como o Robin (ndr: Haase), inclusive acho que fomos melhores que os adversários mas infelizmente não conseguimos aproveitar as oportunidades que tivemos. Tivemos a servir para fechar, estivemos várias vezes por cima do encontro, e a verdade é que não conseguimos aproveitar essa vantagem e acabámos por perder.
Já tinha jogado com o Robin?
Já tínhamos jogado uma vez juntos na Alemanha. Já conhecia um bocadinho o Robin, a maneira como ele jogava. Optamos por jogar juntos aqui. Não foi o resultado desejado nesta primeira ronda, mas a verdade é que não estou descontente com o nível que apresentei.
Sentiu-se melhor do que no jogo em singulares?
Sim. Senti-me melhor a jogar. Obviamente o ritmo não é o mesmo, mas um bocadinho mais motivado. É um passo positivo na boa direcção eu acho.
Esta edição 2020 é uma decepção?
É uma edição diferente, a Federação fez o esforço para podermos ter a oportunidade de jogar mais um Grand Slam. Obviamente para mim é sempre um orgulho poder disputar os grandes torneios e obviamente disputar um Grand Slam é sempre motivo de orgulho. Mas o resultado não era aquele a que eu aspirava. Contente não saio, mas contente sim por poder estar aqui mais uma vez e espero voltar no próximo ano mais forte.
Foi uma edição particular. Pouco público, jogos à noite…
As condições aqui são bastante diferentes daquilo a que nós estávamos habituados noutros anos, as bolas, o frio, que afecta bastante, a velocidade da bola, e portanto não são condições favoráveis para mim neste caso. Mas pronto tentamos adaptar-nos da melhor maneira. Não conseguimos vencer encontros, que era o objectivo principal, mas jogar um Grand Slam é sempre bom e é motivo de orgulho poder participar.
Quais serão os próximos torneios em que vai participar?
Estou inscrito daqui a duas semanas no ATP de Sardenha, na Itália, e depois voltaria para piso rápido. Estarei num torneio em Antuérpia na Bélgica ou noutro na Alemanha e depois vou para o Cazaquistão. São alguns torneios em que estou inscrito, mas vou falar com a minha equipa para perceber o que é que vou fazer, e tentar perceber o que é melhor para mim.
Um regresso aos torneios ‘Challengers’, é possível, para ganhar confiança?
Para já não entra nos planos. De todo não entra nos planos. E espero que não entre, seria bom sinal.
João Sousa, tenista português 01-10-2020
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