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França

Air France encara suprimir pelo menos 8 mil postos de trabalho

Colocada em sérias dificuldades devido à crise provocada pela pandemia de covid-19, a companhia aérea Air France encara a eventualidade de suprimir cerca de 8 mil postos de trabalho. Reagindo a esta possibilidade, o Ministro francês da economia, Bruno Le Maire pediu que a empresa opte por um plano de partidas voluntárias.

A direcção da Air France prevê suprimir pelo menos 8 mil postos de trabalho.
A direcção da Air France prevê suprimir pelo menos 8 mil postos de trabalho. © AFP/Arquivo
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Citando fontes sindicais, o diário económico «Les Echos» revelou ontem que à semelhança das suas congéneres British Airways, Emirates ou ainda Lufthansa, sinistradas por semanas sem voar, a companhia aérea francesa Air France pondera despedir 8 mil a 10 mil funcionários, ou seja entre 15 e 20% dos seus efectivos até 2022.

Este plano cujos contornos deveriam ser conhecidos em finais de Junho ou em Julho, visaria nomeadamente os postos de cerca de 400 pilotos e de 1800 hospedeiras ou ainda uns mil postos da «Hop !», filial da Air France, sendo que a direcção da empresa inclui neste plano a previsão de umas 3.800 aposentações nos próximos 2 anos.

Questionado esta manhã na radio publica, o titular do pelouro da economia, Bruno Le Maire, não confirmou os dados avançados pelos sindicatos, limitando-se a dizer ter esperança de que «o numero de despedimentos seja inferior a 8 mil».

Ao lançar um apelo à direcção da empresa par que não opte por partidas «compulsivas» que a seu ver seriam «a linha vermelha», o Ministro todavia não condicionou a este critério a atribuição à Air France do envelope de 7 mil milhões de Euros recentemente decidida pelo executivo.

"A Lufthansa suprimiu 22.000 empregos, a British Airways anunciou 12.000. O tráfego aéreo decresceu brutalmente em cerca de 80 ou 90%, não haverá uma normalização imediata particularmente no domínio dos transportes aéreos", explicou Le Maire referindo que "não se teria investido 7 mil milhões de Euros na Air France se se achasse que ela não se poderia tornar na companhia que melhor respeita o ambiente no planeta, sem dúvida uma das mais atraentes e uma das mais lucrativas." 

Neste sentido, Bruno Le Maire argumentou que «quando o tráfego aéreo está a desmoronar-se, dizer 'vou injectar dinheiro mas vamos absolutamente preservar cada emprego', pode conduzir a um risco de falência e era a esta eventualidade que estava exposta a Air France».

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