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Sociedade/França

França: impasse das negociações sobre reforma de pensões

O primeiro ministro Edouard Philippe avistou-se hoje com os parceiros sociais, sindicatos e patronato, numa derradeira tentativa de apaziguar a tensão neste 34° dia de greve e antes da greve geral convocada para quinta-feira. Philippe confirmou  que no projecto de lei examinado pelo Conselho de Estado, está incluído a polémica "idade equilíbrio", mas que o governo estaria pronto para modificar a claúsula da idade.Depois do encontro com os sindicatos, prevalece o impasse no que toca à um acordo sobre o projecto de reforma.

O Primeiro-ministro Edouard Philippe responde as perguntas dos jornalistas na soleira do Ministério do Trabalho, depois do seu encontro com os sindicatos.Paris.07 de Janeiro de 2020
O Primeiro-ministro Edouard Philippe responde as perguntas dos jornalistas na soleira do Ministério do Trabalho, depois do seu encontro com os sindicatos.Paris.07 de Janeiro de 2020 Lionel BONAVENTURE/AFP
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O Primeiro-ministro, Edouard Philippe, avistou-se na terça-feira com as organizações sindicais francesas, sem ter conseguido realizar um consenso em redor do seu projecto de reforma do sistema de pensões, cuja claúsula sobre a idade-equilíbrio, revela-se como um dos obstáculos à um acordo.

A nova ronda negocial entre o executivo e os parceiros sociais não registou progressos e as greves, que afectam actualmente vários sectores profissionais,com particular relevância para o dos transportes urbanos e ferroviários, poderiam ampliar-se.

O chefe do governo francês, afirmou estar pronto para modificar alguns aspectos do seu projecto de reforma do sistema de pensões, mas que não vai retirá-lo como o desejam alguns sindicatos.

Tida como uma das reformas mais ambiciosas prometidas por Emmanuel Macron, durante a sua campanha para a eleição presidencial, o projecto visa suprimir os 42 regimes de aposentação existentes em França e implementar um sistema dito universal, por pontos.

Com excepção da CFDT, os outros sindicatos rejeitam o projecto governamental, que eles qualificam de injusto, por não tomar em consideração algumas especifidades profissionais.

Desde que teve início o movimento de contestação à reforma do sistema de pensões, o executivo francês já teria aceitado manter vários regimes especiais, designadamente o dos agentes policiais e dos pilotos de aviação comercial.

A greve dos transportes prossegue e não obstante os incómodos do dia a dia e as repercussões sobre a economia nacional, 60% dos franceses, receosos sobre o futuro da sua aposentação, continuam a apoiar o movimento, liderado pelos ferroviários da SNCF (Caminhos de Ferro Fanceses) e do sector dos transportes públicos parisienses, cujos regimes especiais serão suprimidos se a reforma for implementadda.

Na quinta-feira, dia 9, uma nova jornada de greve nacional, está prevista.

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França:impasse das negociações sobre reforma de pensões 07 01 2019

               

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