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França

Milhares marcham contra sexismo e a violência sexual em França

150 mil pessoas participam em marchas por todo o país. Na capital, o manifesto já foi reconhecido como "a maior mobilização feminista de sempre em França".

Marcha em Paris lançada pelo colectivo "Nós Todas"
Marcha em Paris lançada pelo colectivo "Nós Todas" REUTERS/Christian Hartmann
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Esta tarde, milhares de pessoas desfilam nas ruas de Paris. O apelo foi lançado pelo colectivo "Nós Todas" para denunciar a violência contra as mulheres.

"Obrigado! Bravo! Fomos 50 mil por toda a França contra a violência sexista e sexual", publicaram no Twitter as organizadoras da marcha.

"Foi a maior mobilização feminista de sempre em França", disse Caroline De Haas, porta-voz da associação Osez le féminisme. Segundo os números da organização, a marcha em Paris teve a participação de 48 mil pessoas.

Os participantes da marcha defendem "o fim da impunidade dos agressores" e a aprovação de "meios financeiros suficientes" para uma luta séria, num país onde 225 mil mulheres são agredidas pelos seus parceiros todos os anos, segundo os números do governo francês.

"Esta manifestação foi lançada pelo colectivo Nous Toutes e já tinha sido um sucesso no ano passado. A organização é impressionante e foi lançado o repto para todas as cidades porque estamos com uma temática que não está, de todo resolvida", aponta Luísa Semedo, docente universitária.

Desde o início do ano, aqui em França, 137 mulheres foram assassinadas pelos parceiros ou ex-parceiros. "Os números aumentam e este problema tem de ser tratado. Não podemos continuar a fechar os olhos e fingir que está tudo bem", alerta.

"Esta é uma verdadeira questão", lembra Luísa Semedo para quem "faz todo o sentido continuar a batalhar estas questões, pelo menos enquanto existirem desigualdades entre homens e mulheres".

Em Setembro, a França abriu um debate alargado sobre a violência contra as mulheres, cujo relatório vai ser divulgado esta segunda-feira, dia da Eliminação da Violência Contra as Mulheres.

A faltarem dois dias para serem conhecidos os resultados deste relatório, os organizadores da marcha esperavam poder pressionar os poderes públicos, através das várias marchas que se espalharam do Norte ao Sul do país.

00:48

Docente universitária, Luísa Semedo.

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