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Ucrânia/Conflito

Combates se intensificam no leste da Ucrânia, antes do início do cessar-fogo

A poucas horas do início do cessar-fogo, previsto no acordo Minsk 2 para começar na noite deste sábado (14), os combates são intensos nas proximidades de cidades estratégicas do leste ucraniano. Ao menos duas pessoas morreram em um bombardeio em Donetsk e a cidade de Debaltseve teria sido destruída pelos separatistas pró-russos. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, deve discutir ainda hoje, pelo telefone, a situação no leste do país com líderes ocidentais.

Um soldado do exército ucraniano na frente de batalha em Donetsk, no leste da Ucrânia.
Um soldado do exército ucraniano na frente de batalha em Donetsk, no leste da Ucrânia. REUTERS/Alexei Chernyshev
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Um responsável regional pró-Kiev informou que os rebeldes estão destruindo Debaltseve. A cidade estratégica entre as capitais separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk é alvo de intensos combates há dias. As forças de Kiev estariam cercadas.

O exército ucraniano declarou que “houve uma tentativa de ataque rebelde”. O embaixador americano na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, acusou, em sua conta no Twitter, forças russas e não separatistas pela ofensiva. Sete soldados e três civis morreram nas últimas 24 horas em Debaltseve, segundo um primeiro balanço divulgado neste sábado.

Porto de Mariupol

Os combates também se intensificaram nas proximidades do porto estratégico de Mariupol, no mar de Azov, matando ao menos um civil. Em Donetsk, reduto dos rebeldes, a noite foi marcada por tiros intensos e os combates continuam neste sábado. Dois civis morreram, segundo a prefeitura da cidade.

O aumento da tensão é um teste para o cessar-fogo, previsto para começar às 22h, pelo horário universal. A trégua é uma cláusula essencial do acordo Minsk 2, assinado na última quinta-feira (12) após uma maratona diplomática que envolveu os presidentes russo, Vladimir Putin, ucraniano, Petro Porochenko, francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel.

Processo de paz ameaçado

Na sexta-feira (13), a violência no leste ucraniano já tinha deixado ao menos 28 mortos. A escalada levou o presidente Petro Poroshenko a reconhecer que o processo de paz para pôr fim a dez meses de conflito que já fizeram cerca de 5.500 mortos “está em perigo” e que “a operação ofensiva da Rússia aumentou significativamente”.

Os dirigentes do G7, o grupo das sete maiores potências mundiais, pediram respeito aos acordos de paz e ameaçaram adotar novas sanções contra quem não respeitar o texto assinado em Minsk. O presidente ucraniano deve discutir hoje a situação no leste rebelde com líderes ocidentais. Ele tem reuniões telefônicas marcadas com François Hollande, Angela Merkel e Barack Obama.

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