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Ucrânia/Crise

Apesar do anúncio de um acordo com a UE, Ucrânia é palco de novos confrontos violentos

O governo ucraniano afirmou ter chegado a um acordo com diplomatas europeus sobre a crise no país, mas a informação não foi confirmada por Bruxelas. Apesar do anúncio feito por Kiev, novos confrontos violentos foram registrados nas ruas da capital, com trocas de tiros entre polícia e manifestantes. O presidente Viktor Yanukovitch anunciou que o país terá eleições antecipadas.

Os opositores continuam mobilizados na praça da Independência, no centro de Kiev, que amanheceu nesta sexta-feira em clima de guerra.
Os opositores continuam mobilizados na praça da Independência, no centro de Kiev, que amanheceu nesta sexta-feira em clima de guerra. REUTERS/Baz Ratner
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Milhares de pessoas continuam reunidas no centro de Kiev nesta sexta-feira (21). A polícia informou que os manifestantes abriram fogo contra as forças de ordem pela manhã na Praça da Independência, local que se tornou o símbolo da revolta contra o governo do presidente ucraniano Viktor Yanukovitch. No comunicado, os policiais não dizem se reagiram aos ataques. Incidentes também foram registrados nas redondezas, onde opositores do governo tentaram invadir os Parlamento. Arseni Iatseniouk, um dos líderes do movimento de oposição, afirma que policiais armados entraram no prédio.

Segundo o último balanço das autoridades locais, os confrontos no centro de Kiev já provocaram a morte de 77 pessoas desde terça-feira.

Acordo 

Os confrontos acontecem logo após o anúncio feito pela presidência ucraniana de que um acordo teria sido concluído e será assinado ao meio-dia no horário local. A declaração, feita na saída de uma reunião que durou a madrugada inteira, não foi confirmada pelos europeus. Fontes da diplomacia polonesa e alemã, que representam a União Europeia nas negociações, não confirmaram o acordo.

O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, que também participou das negociações, pediu prudência e garantiu que nada poderia ser considerado definitivo antes do final da manhã de hoje.

Sanções

Na quinta-feira o bloco europeu aprovou uma série de sanções contra o governo ucraniano pela repressão violenta contra os manifestantes. Em conversa telefônica com o presidente Yanukovitch, o vice-presidente norte-americano Joe Biden avisou que os Estados Unidos também estão prontos para aplicar sanções à Ucrânia após o uso da força contra os opositores. A Casa Branca exige ainda a retirada dos policias e atiradores do local.

Os manifestantes, pró-europeus, exigem a renúncia de Yanukovitch, um dos principais aliados de Moscou. Rússia e União Europeia trocam acusações mútuas de ingerência em assuntos internos da Ucrânia.

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