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Itália/Política

Renzi é oficialmente encarregado de formar novo governo italiano

Encarregado nesta segunda-feira (17) de formar o novo governo italiano, Matteo Renzi anunciou que iniciará nesta terça-feira discussões com os diferentes partidos políticos, e apresentou um calendário de reformas que devem ser colocadas em prática antes do mês de maio.

O líder do Partido Democrático italiano, Matteo Renzi, foi oficialmente encarregado de formar o novo governo da Itália nesta segunda-feira (17).
O líder do Partido Democrático italiano, Matteo Renzi, foi oficialmente encarregado de formar o novo governo da Itália nesta segunda-feira (17). REUTERS/Remo Casilli
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Como previsto, o presidente Giorgio Napolitano confiou ao secretário do Partido Democrático (PD), principal partido de esquerda do país, a tarefa de formar o 65° governo italiano do pós-guerra, após um reunião de duas horas e meia no palácio do Quirinale, a sede da presidência.

Matteo Renzi prometeu dedicar toda a sua "energia e entusiasmo" para refomar a Itália. "Levaremos o tempo que for necessário com a consciência de um sentimento de urgência extraordinariamente delicado e importante, sabendo que precisaremos de alguns dias antes de aceitar oficialmente esse mandato, já que temos como horizonte o término dessa legislatura (2018)", alertou ele.

Aos 39 anos, o prefeito de Florença, que foi eleito triunfalmente ao comando do PD em dezembro, se tornou assim o mais jovem presidente do Conselho italiano. Ele assume o cargo que foi de Enrico Letta, integrante do mesmo partido, que aceitou pedir demissão na sexta-feira (14).

Para formar seu governo, Matteo Renzi provavelmente terá que chegar a um acordo com o Novo Centro Direita (NCD), um pequeno partido que reúne os dissidentes da direita de Berlusconi e que fazia parte do governo anterior.

Em seguida o prefeito de Florença terá que obter o voto de confiança dos deputados e senadores italianos. Os parlamentares devem se pronunciar antes do final da semana.

Calendário

Mesmo se a Itália teoricamente não está mais em recessão, pois sua economia recomeçou a crescer no último trimestre de 2013, Matteo Renzi enfrentará uma crise persistente, com uma dívida pública de 2 trilhões de euros e milhões de desempregados.

Por enquanto ele apresentou poucas propostas concretas e um projeto para solucionar o problema do desemprego, previsto para o mês passado, foi adiado.

Apesar disso, Matteo Renzi detalhou nesta segunda-feira seu calendário mês por mês. Uma reforma eleitoral será apresentada até o final de fevereiro. Depois será a vez da reforma do mercado de trabalho em março, da função pública em abril e do sistema fiscal em maio.

Ministros

Nesse contexto, o ministro da Economia vai continuar a ter um papel importante, e vários nomes, geralmente independentes de partidos políticos, já foram citados. Entre eles estão Lucrezia Reichlin, professora na London School of Economics, e Fabrizio Barca, que integrou o governo tecnocrata de Mario Monti, o predecessor de Enrico Letta.

Matteo Renzi se recusou até agora a dar pistas sobre qual poderia ser a composição de seu governo, e declarou que sua atenção está concentrada "no conteúdo, e não em outras questões".

O futuro chefe do governo dispõe atualmente da confiança de 52% dos italianos, segundo uma pesquisa do instituto Ipsos publicada pelo jornal Corriere della Sera. O levantamento acrescenta, porém, que somente 31% dos italianos aprovam o método escolhido por Renzi para derrubar o governo de Letta e chegar ao poder sem eleições.

Matteo Renzi agrada sobretudo os eleitores de centro-esquerda e da Forza Italia, o partido de direita ressuscitado por Silvio Berlusconi. Mas ele tem mais dificuldade em seduzir os eleitores do Movimento Cinco Estrelas, o partido antissistema de Beppe Grillo e, mais preocupante, os do Novo Centro-Direita.

 

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