França pede a parceiros que BCE salve a zona do euro
A poucas horas do início do encontro entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o novo primeiro-ministro italiano, Mario Monti, em Estrasburgo, a França pediu que o BCE ajude o bloco a sair da crise. O encontro de hoje tem o objetivo de acelerar um plano de salvamento da zona do euro.
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O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, pediu hoje que o BCE (Banco Central Europeu) exerça um "papel essencial" para salvar a zona do euro. Juppé não participa do encontro, mas a sua declaração mostra a preocupação da França com os desdobramentos da crise. A agência de rating Fitch avalia que a França ainda merece a nota máxima tripo A, mas diz que o agravamento da crise europeia é uma ameaça séria à avaliação da economia francesa.
Até mesmo a economia alemã, a mais sólida do bloco, gera desconfiança nos investidores. A Alemanha emitiu ontem 6 bilhões de euros em títulos com vencimento para 10 anos, mas só consegiu captar 3,6 bilhões e o banco alemão Bundesbank teve que intervir para fechar a operação.
Um alerta que pode relançar hoje o debate sobre a necessidade de uma maior intervenção do Banco Central Europeu na compra de títulos soberanos europeus. Uma questão que causa ojeriza na Alemanha. Para a chanceler alemã, a prioridade deve ser o aumento da disciplina orçamentária. Segundo os diplomatas, a posição de Merkel deve ser a tônica co encontro, mas a minicúpula também abordará a reforma dos tratados europeus embora seja pouco provável que os três países cheguem a um consenso ao término da reunião.
Itália
Essa será a primeira participação de Mario Monti desde que assumiu o cargo de premiê italiano. Nesse encontro, Monti tentará convencer a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, de que a Itália é capaz de superar a crise e sobreviver ao endividamento de 1,9 trilhão de euros que representa 120% do PIB.
Mas o italiano não será o único a ter que prestar contas nesse encontro. Os mercados continuam a cobrar agilidade dos dirigentes europeus e a impor duras sanções às principais economias da zona do euro: a França e a Alemanha.
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