São Tomé aguarda distribuição dos mandatos
São Tomé e Príncipe aguarda a distribuição dos mandatos obtidos pelos partidos mais votados nas legislativas do passado domingo, 25 de Setembro. De acordo com os resultados preliminares da Comissão Eleitoral Nacional, o ADI obteve 36.549 votos e o MLSTP-PSD conquistou 25.531 votos. O prazo para o apuramento distrital termina esta sexta-feira, depois o Tribunal Constitucional tem uma semana para analisar e publicar os resultados definitivos.
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Os são-tomenses continuam à espera da publicação dos mandatos obtidos pelos partidos mais votados nas legislativas do passado domingo, 25 de Setembro. O prazo para o apuramento distrital termina esta sexta-feira, depois o Tribunal Constitucional tem uma semana para analisar e publicar os resultados definitivos, cumprindo os prazos estabelecidos por lei.
De acordo com os resultados preliminares avançados pela Comissão Eleitoral Nacional, na madrugada de segunda-feira, o ADI, liderado por Patrice Trovoada, obteve 36.549 votos; o MLSTP-PSD conquistou 25.531 votos; o Movimento Basta conseguiu 6.874 votos; o MCI/PS-PUN teve 5.120 votos; o MDFM-UL 1.601 votos; a UDD 731 votos; o CID-STP 472 votos; o MUDA-STP 389 votos; o Partido Novo 352 votos; o MSD-PVSTP 271 votos e o PTOS 195 votos.
No entanto, o presidente da Comissão Eleitoral Nacional, José Carlos Barreiros, referiu que “o Tribunal Constitucional fará a distribuição dos mandatos” e sublinhou que “a Comissão Eleitoral Nacional não faz apuramento de resultados eleitorais”, mas sim “a projeção dos resultados obtidos nas eleições que se realizam no país”.
O líder do ADI, Patrice Trovoada, que reivindicou, na segunda-feira, maioria absoluta com 30 mandatos, considerou que, ao não fazer o apuramento dos resultados eleitorais, a Comissão Eleitoral Nacional estava a contribuir para aumentar a instabilidade no país.
Ontem, o actual primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe explicou que os apuramentos distritais das eleições legislativas ainda estavam em curso e que tinham detectadas algumas “irregularidades”. Jorge Bom Jesus apelou aos dirigentes e militantes dos partidos políticos para se absterem de “discursos incendiários” e avisou que os “meios de segurança e ordem interna serão activados para evitar qualquer tentativa de instalação do caos no país”.
Em resposta, Patrice Trovoada, acusou o primeiro-ministro são-tomense de “amedrontar as pessoas” e disse que os militares “não são uma milícia do governo”, acrescentando que estava à espera que o primeiro-ministro fosse, hoje, “reconhecer a derrota do MLSTP e não vir com um discurso de intimidação”.
Patrice Trovoada lembrou, ainda, que os primeiros-ministros de Portugal e Cabo Verde, assim como o ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné Bissau já reconheceram publicamente a vitória da ADI, tal como a Internacional da Democracia do Centro “que é composta por partidos de centro-direita que fazem parte do grupo dos partidos populares na União Europeia e que são maioritários no Parlamento Europeu de Estrasburgo”.
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