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Economia/Davos

Davos celebra retomada econômica mundial, mas alerta para situação dos emergentes

A 44ª edição do Fórum Econômico Mundial de Davos terminou neste sábado (25) em clima de otimismo moderado. Os participantes confirmaram a retomada do crescimento das principais economias do planeta, como na zona do euro e nos Estados Unidos, mas alertaram para os desafios esperados pela frente, principalmente nos países emergentes.

A chefe do Fundo Monetário Internacional alertou para a desaceleração do países emergentes em Davos.
A chefe do Fundo Monetário Internacional alertou para a desaceleração do países emergentes em Davos. REUTERS/Ruben Sprich
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O fim da crise econômica foi o principal assunto neste último dia do Fórum de Davos. Durante uma conferência neste sábado, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, confirmou que “a retomada que estamos assistindo está em fase de consolidação”. A declaração ratifica o anúncio feito pelo FMI na última terça-feira, quando a instituição revisou para cima sua previsão de crescimento mundial para 2014 de 3,6% para 3,7%.

No entanto, o futuro dos países emergentes ainda é um ponto de interrogação para os participantes do evento nos Alpes suíços. Haruhiko Kuroda, do Banco Central do Japão, ressalta que as novas economias, como “Índia, China, Indonésia e outras, devem manter seus índices de crescimento e até acelerar”. Mas a chefe do FMI pondera a declaração do japonês e alerta para a desaceleração econômica registrada nessas nações, além das turbulências provocadas pelo fim da generosa política monetária do Banco Central norte-americano. “Esse é um novo risco no horizonte”, analisa Lagarde.

A volatilidade das moedas também foi apontada como um aspecto a ser acompanhado de perto. “A experiência desta semana sobre os mercados é indicativa do que vai acontecer este ano”, disse Larry Fink, chefe do BlackRock, um dos maiores gestores de ativos do planeta, fazendo alusão à recente queda do peso argentino e da lira turca. Para ele, vamos caminhar para “um mundo com muito mais volatilidade”.

Europeus e norte-americanos estão saindo da crise

Os países europeus parecem ser os principais protagonistas dessa retomada. “A zona do euro não está mais no centro de todas as preocupações da economia mundial”, comemorou o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble. O representante de Berlim também parabenizou as nações que participaram de programas de ajuda internacional, como Irlanda, Portugal e Grécia que, segundo ele, “se saíram muito melhor do que poderíamos imaginar há dois anos”.

O único risco no velho continente, levantado pela chefe do FMI, é de deflação, já que os índices registrados são bem abaixo do objetivo oficial de cerca de 2%. Mas segundo Lagarde, esse cenário negativo é “pouco provável”. O próprio presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, tranquilizou a francesa ao declarar que não haverá deflação. “Nós estamos prontos para agir se necessário”, disse ele.

Mesmo tom otimista sobre as grandes economias do lado do representante do Banco Central japonês. Para Kuroda, “os Estados Unidos devem crescer 3% ou mais em 2014 e 2015, a Europa está retomando seu crescimento e o Japão faz progressos significativos”.

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