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EUA/ abismo fiscal

Líder republicano diz que "não há decisão" sobre votação de acordo

O líder republicano da Câmara dos Deputados norte-americana disse nesta terça-feira que não foi decidido quando a Casa votará sobre a lei aprovada pelo Senado a respeito do chamado "abismo fiscal". "Nós ainda não chegamos a uma decisão", disse Eric Cantor, líder republicano da Casa, após sair do escritório do presidente da Câmara, John Boehner.

Eric Cantor (direita) encontrou-se com o presidente da Câmara dos Representantes (foto de arquivo).
Eric Cantor (direita) encontrou-se com o presidente da Câmara dos Representantes (foto de arquivo). REUTERS/Joshua Roberts
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No entanto, Cantor disse que a decisão seria tomada em breve. Ela poderia sair ainda hoje. O Senado americano aprovou na madrugada desta terça-feira um acordo entre democratas e republicanos para evitar o "abismo fiscal", por uma maioria de 89 votos a favor e oito contra. O acordo ocorreu algumas horas antes do prazo final para a entrada em vigor de um drástico corte orçamentário.

A proposta ainda precisa ser ratificada pela Câmara dos Representantes, antes de ser sancionada pelo presidente americano, Barack Obama. O objetivo é evitar o aumento de impostos e grandes cortes no orçamento federal.

O documento prevê que os impostos permanecerão intocados para a classe média e aumentarão para as pessoas que têm renda anual de 400 mil dólares ou mais. Estes níveis são mais elevados do que o anunciado pelo presidente americano durante a campanha eleitoral, mas consideravelmente mais baixos do que os propostos pelos republicanos, que não queria aumentar impostos sobre os que ganham menos de um milhão de dólares por ano.

“Nem os democratas nem os republicanos obtiveram tudo que queriam, mas este acordo é uma boa coisa para o nosso país. A Câmara deveria adotá-lo sem atraso”, declarou Obama, em comunicado divulgado nesta madrugada.

Mesmo com o novo texto acertado pelo governo, em dois meses deve haver mais uma etapa de negociações sobre o plano fiscal americano. Mesmo se for aprovada, a proposta não resolve completamente a questão do "abismo fiscal" - é apenas uma solução temporária.

O acordo não traz toda a economia necessária para o país e por isso, em fevereiro, os Estados Unidos devem voltar a se aproximar do seu limite de endividamento. A situação deve forçar o debate para a busca de um novo acerto.
 

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