Sindicato da Polícia Nacional de Cabo Verde denuncia precariedade da classe
O Sindicato da Polícia Nacional de Cabo Verde, SINAPOL denuncia uma situação laboral de precariedade na classe policial no arquipélago e pede ao governo para atender às reivindicações da polícia, como é o caso da actualização salarial.
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O presidente do Sindicato da Polícia Nacional, SINAPOL, José Barbosa, afirmou que a carga horária de trabalho na polícia cabo-verdiana continua a ser excessiva devido à redução da corporação em mais de 50% em várias unidades e denunciou que na polícia há trabalho forçado.
“A Polícia Nacional vive debaixo de ameaças e represálias constantes. Ou seja, quem faltar a uma convocatória cuja comparência é facultativa terá logo um processo disciplinar às costas. Isso não se trata de um ambiente de trabalho forçado? E mais, não se trata de uma escravatura moderna na Polícia Nacional? Encontram-se actualmente cerca de 132 elementos já formados, contudo sem enquadramento, ou seja, sem ingresso à vista" afirmou o presidente do SINAPOL para adiantar que 132 agentes foram formados, mas ainda não colocados na corporação.
Para além da diminuição da carga horária e criação de um ambiente saudável no trabalho, a Polícia Nacional reivindica um salário base de 85 mil escudos, cerca de 770 euros.
José Barbosa garantiu que o Sindicato da Polícia Nacional vai avançar com acções para atingir esse objectivo. “Com vista a fazer jus à dignidade salarial da Polícia Nacional, o SINAPOL, vai a partir de hoje ultimar acções que forem necessárias para dar corpo a sua proposta inicial. Uma reclamação legítima, cujo objectivo visará um salário base digno no valor de 85 mil escudos para a Polícia Nacional, a partir de Janeiro de 2024”, rematou o líder sindical.
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