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#Cabo Verde

Cabo Verde: Acusado de violência de género, presidente da RTC demite-se

O presidente da Radiotelevisão Cabo-Verdiana (RTC), Policarpo de Carvalho, demitiu-se após ser acusado de crime de Violência Baseada no Género.

Imagem de arquivo.
Imagem de arquivo. RTC
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Policarpo de Carvalho, presidente do conselho de administração da maior empresa de comunicação social em Cabo Verde, a RTC, que é também uma empresa pública, pediu a demissão do cargo para aguardar a decisão da justiça sobre o caso de alegada agressão à sua esposa.

“Eu, Policarpo de Carvalho, enquanto gestor de carreira, estou saindo da Radiotelevisão Cabo-Verdiana com muito orgulho, muito orgulho mesmo, pelo trabalho e pela passagem na empresa. Sou uma pessoa capaz e estou a deixar a empresa demitindo-me do cargo porque, neste momento, vamos aguardar a decisão da justiça” disse o PCA da RTC ao anunciar a sua demissão, durante uma conferência de imprensa.

Policarpo de Carvalho afirmou que no governo “há casos muito mais graves, há elementos do governo que estariam demitidos, indiciados por casos muito mais terríveis”.

Antes, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou em declarações à imprensa que situações que indiciam crimes da Violência Baseada no Género “não casam com a presença à frente de uma instituição como a RTC" e que cabe à Comissão Independente tomar uma posição.

Por sua vez, o presidente do conselho independente, Daniel Medina, disse que os membros vão reunir-se na quarta-feira para indicar um dos dois administradores para assumir o cargo de presidente.

Entretanto, a mulher do Presidente da RTC desmentiu ter sido agredida fisicamente pelo seu marido, mas admitiu que há um caso de “desentendimento familiar”, que aconteceu no passado, que se encontra na justiça para averiguação e que estão à espera do pronunciamento dos tribunais.

No domingo, sem mencionar nomes, o Ministério Público anunciou a detenção, fora de flagrante delito, de dois indivíduos indiciados da prática do Crime de Violência Baseada no Género.

Um dos indivíduos, de 60 anos, - a outra é uma mulher de 49 anos - é economista de formação e é indiciado da prática de três crimes de violência baseada no género agravado. Ao ser submetido ao primeiro interrogatório, o homem ficou como medida de coação de proibição de permanência na casa de morada de família, proibição de contacto e aproximação da vítima e apresentação periódicas às autoridades.

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