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Cabo Verde

Cabo Verde: Primeiro-ministro pede a jovens para não emigrarem

O primeiro-ministro cabo-verdiano alega não haver razões para que os jovens saiam do arquipélago por falta de oportunidades. Ulisses Correia e Silva fez estas declarações na quarta-feira aquando da expansão do porto da ilha do Maio, formulando votos para que empreendimentos como este permitam fixar a sua juventude.

Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva aqui na COP-26 a 2 de Novembro de 2021.
Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva aqui na COP-26 a 2 de Novembro de 2021. © Reuters
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Cabo Verde, país com crises conjunturais de seca e de muito difícil acesso à água, dispõe de fortíssimas comunidades dispersas pelo mundo, com países como os Estados Unidos, Países Baixos, Portugal ou Itália, entre os mais representativos.

Recentemente o possível recrutamento de jovens para o turismo na região portuguesa do Algarve, para o sector turístico, tinha gerado alguma controvérsia tendo-se destacado o facto de que estes recursos humanos poderiam fazer falta no arquipélago.

Cabo Verde que tem padecido de uma forte quebra nas suas receitas turísticas na sequência do impacto da pandemia de Covid-19, uma redução de 26% do PIB (Produto interno bruto) desde Março de 2020.

As autoridades prevêem um crescimento de 4% para este ano, contra os 6 inicialmente previstos, tendo-se registado uma taxa de 7 em 2021, a seguir a uma contracção, em 2020, de 14, 8%.

As obras de reabilitação do Porto Inglês, na ilha do Maio, devem permitir triplicar o número de passageiros que passam pela infra-estrutura para a fasquia de 100 000 em 2025.

O turismo deve ser facilitado, bem como o escoamento de produtos com a implementação de uma rampa "roll on/roll off" no porto desta ilha bem como reduzir a duração do trajecto de barco entre a ilha e a vizinha Santiago, onde se encontra a capital do país, a cidade da Praia.

Os maiores financiadores da obra foram o BAD, Banco africano de desenvolvimento, e a União Europeia com 50% e 30% respectivamente.O Estado cabo-verdiano assumiu 20% do total de um empreendimento cifrado em 36 milhões de euros.

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva frisou que "cada investimento deste tipo tem que abrir portas de esperança e de confiança, principalmente para os jovens. Não há razões para sair de Cabo Verde, para emigração forçada por falta de oportunidades. Temos que criar todas as razões para os nossos jovens ficarem em Cabo Verde e investirem em Cabo Verde, acreditarem neste país e fazerem este país acontecer. E Maio pode fazer a diferença."

Ouça aqui um excerto da sua alocução num registo da agência Lusa.

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Primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, agência Lusa

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