Acesso ao principal conteúdo
Cabo Verde

Morreu Jorge Neto gigante da música pop caboverdiana

Morreu, ontem, 20, num hospital de Lisboa, em Portugal, Jorge Neto, a vedeta da música pop caboverdiana, vítima de um duplo AVC. O cantor e dançarino, Jorge Neto, já tinha sido vítima de um acidente vascular cerebral há 8 anos, pelo que, apesar de estar a recuperar do novo AVC, a sua morte, aos 55 anos, era encarada pelos mais realistas, na dor e sofrimento.

Morreu Jorge Neto, cantor e show man da música pop de Cabo Verde
Morreu Jorge Neto, cantor e show man da música pop de Cabo Verde Grace Evora/Facebook
Publicidade

O mundo da música caboverdiana, em particular, e lusófona, globalmente, ficou mais pobre, com a morte do cantor, compositor e artista de palco, Jorge Neto.

O músico morreu ontem, 20, num hospital de Lisboa, onde se encontrava a recuperar de um duplo AVC, que o fustigou, a 30 de dezembro, quando se preparava para viajar para abrilhantar a Noite de S. Silvestre do hotel Porto Grande, em S. Vicente.

Jorge Neto, monstro da música pop caboverdiana, nasceu há 55 anos, em S. Tomé e Príncipe, de mãe caboverdiana e pai santomense e cresceu nos arredores de Lisboa, onde começou a dar os primeiros passos no mundo da música.

Mas, foi em Roterdão na Holanda, que com outros nomes duma nova música pop caboverdiana, com influências do reggae, kizomba ou cabolove, que Jorge Neto, se tornou o ícone da banda Livity.

Estávamos nos fins dos anos 80 começos dos anos 90, Jorge Neto, ganha o concurso Todo o Mundo Canta, na Holanda, e vai representar a diáspora caboverdiana nesse país, em 1987, no Todo o Mundo Canta, em Cabo Verde.

Sai como a grande estrela do Todo o Mundo Canta de Cabo Verde, e com os seus companheiros do Livity, vão revolucionar a música pop contemporânea, introduzindo a dança espectacular no palco, ganhando fãs, em todo o mundo lusófono. 

Jorge Neto e o grupo Livity revolucionaram os palcos da Lusofonia 

De sucesso em sucesso, primeiro com os Livity, depois, com os grupos Coladance e Splash, Jorge Neto, Grace Évora ou outra grande estrela da música caboverdiana, Gil Semedo, percorrem os palcos da Holanda, Europa e de todos os países afro-lusófonos, nomeadamente, sua terra natal, S. Tomé e Príncipe.

O desaparecimento físico, de Jorge Neto, mergulhou numa profunda tristeza, não só os caboverdianos, de todas as esferas musicais, culturais e políticos, mas também de todos os lusófonos e suas diásporas espalhadas pelo mundo.

Gilyto Semedo, produtor, cantor e bailarino, que dividiu o palco várias vezes com o grande artista, Jorge Neto, recorda este seu grande amigo, com quem passou, inclusivamente, por Paris, num concerto inesquecível, no Elisée Montmartre. 

05:00

Gilyto Semedo, produtor, cantor e bailarino caboverdiano

A morte de Jorge Neto, foi "um choque que entristeceu a todos e com a notícia ficámos paralisados, porque é um sentimento inexplicável", assim, reagiu, também a cantora crioula, Solange Cesarovna, Presidente da SCM, Sociedade caboverdiana da Música. 

05:55

Solange Cesarovna, cantora e Presidente da Sociedade caboverdiana da Música

De notar enfim, que o cantor e homem de palco, Jorge Neto, dançarino, que se inspirou nos passes de James Brown e Michael Jackson, gravou discos com os Livity, mas também a solo e deixa-nos para a história cultural e musical, a sua famosa canção "Rosinha" e álbuns, como Nha Palco,  “Dja ca Da”, “Jorge Neto”, “Papia Bu Manera”, “Dia Diferente”, “Neto e Cabo Verde”; “Boca Povo", Rapaz Novo" ou "Harmonia". 

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.