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Cabo Verde

Cabo Verde: crioulo e tabanka elevados a património nacional

 Governo de Cabo Verde aprovou a elevação a património cultural imatrial nacional a língua cabo-verdiana - o crioulo - bem como a tabanka, um género cultural genuíno da Ilha de Santiago .

cortejo de Tabanca
cortejo de Tabanca ipc.com
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Em Cabo Verde o Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira (25/07) a elevação a património cultural imaterial nacional a lingua cabo verdiana - o crioulo - e o género cultural tabanca ou tabanka.

O ministro cabo-verdiano da Cultura e Indústrias Criativas, Abraão Vicente anunciou-o esta sexta-feira (26/07), considerando tal representar um passo importante para a valorizaçao da cultura cabo-verdiana e não descarta uma futura candidatura a Património da Imaterial da Humanidade pela UNESCO tal como sucede com a morna.cuja candidatura foi formalizada a 26 de Março de 2018.

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Abraão Vicente, ministro da cultura e indústrias criativas

Abrão Vicente afirmou "nós decicimos que é um passo muito importante, a valorização do crioulo, da língua cabo-verdiana, como um todo e a sua valorização também como uma peça para a elevação da morna a Património da Humanidade".

Abraão Vicente esclareceu que a elevação do crioulo não é a sua oficializaçãoe congratulou-se pelo facto de 8 dos 13 ministros da cultura que Cabo Verde já teve desde a independência em 1975, já terem assinado um manifesto para elevar o crioulo a património imaterial cultural do arquipélago.

..."Nesse sentido, nós anexaremos a resolução de proclamar a língua cabo-verdiana como património imaterial nacional, ao 'dossier' da candidatura da morna, fazendo com que a morna, como Património da Humanidade, tenha duas peças que já são consideradas património nacional".

A tabanka ou tabanca é uma espécie de cortejo ou procissão sincrética, que mistura dança, música e encenação, que surgiu no século XVI, como forma de resistência ao poder colonial português,que por influência da igreja católica que a identificava com reminiscências animistas a proibiu por lei no século XIX e desta forma a transformou em cerimónia clandestina e num símbolo de resistência colonial, mas o género evoluiu, revitalizou-se e transformou-se desde a independência.

..."Depois de um extenso trabalho de pesquisa nacional, levantamento e catalogação, nós decidimos que a tabanka, depois da morna e do S. João, seria o terceiro género cultural cabo-verdiano identitário, a ser elevado a património nacional".

Abraão Vicente acrescentou ainda que para cada uma das classificações foram feitos investimentos superiores a 3 milhões de escudos cabo-verdianos, o equivalente a cerca de 27 mil euros.

De recordar que Cabo Verde formalizou junto da UNESCO a candidatura da morna a Património Imaterial da Humanidade a 26 de Março de 2018, a decisão deverá ocorrer ainda este ano e desde 26 de Junho de 2009 que a Cidade Velha ou Ribezira Grande de Santiago, na Ilha de Santiago, primeira capital de Cabo Verde até 1770, é Património Mundial da Humanidade.

 

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