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Cabo Verde

Cabo Verde: PAICV quer investigação ao "negócio com a Binter"

PAICV entrega no Ministério Público uma denúncia por indícios de corrupção sobre o processo de reestruturação da TACV e acusa o Governo de secretismo no negócio com a Binter.

Avião da TACV - Transportadora Aérea de Cabo Verde
Avião da TACV - Transportadora Aérea de Cabo Verde
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Com a entrega esta quinta-feira (27/07) da queixa no Ministério Público, o PAICV, principal partido da oposição, quer que a Procuradoria Geral da República investigue o processo de liquidação da TACV e do monopólio da Binter SA na aviação civil em Cabo Verde, como explicou à imprensa o deputado do PAICV, Walter Évora.

01:16

Odair Santos, correspondente em Cabo Verde

"Esse negócio que não é limpo, que há muitos pontos que precisam ser afinados, um negócio que envolve avultados fundos do Estado de Cabo Verde e activos estratégicos, portanto viemos aqui pedir ao senhor Procurador para investigar e ver se a lei foi respeitada, se não há corrupção, se não há favorecimento individual, de funcionários públicos ou de membros do governo em relação a ese negócio".

A queixa do PAICV contra Governo por indícios de corrupção na TACV dá entrada no Ministério Público, uma semana depois da Procuradoria Geral da República ter revelado que abriu um processo crime contra os anteriores gestores da TACV por "suspeitas da prática de ilícitos penais de infidelidade e participação ilícita em negócios".

O PAICV não se conforma com o fim da operação doméstica da TACV a partir de 1 de Agosto, voos que passarão a ser efectuados pela Binter Cabo Verde de capital maioritariamente oriundo das Ilhas Canárias, embora tenha cedido 49% do mesmo ao Estado de Cabo Verde.

De acordo com o maior partido da oposição a "cessação da actividade inter-ilhas da companhia nacional poderia ter sido evitada se tivesse havido vontade, por parte do Governo".

O ministro da Ecnomia e do Emprego José Gonçalves afirmou esta segunda-feira, que o plano de reestruturação da mão de obra será feito "muito mais a fundo", devendo uma parte dos trabalhadores ser reintegrados na Binter CV e outros serem indemnizados.

A TACV tem actualmente uma dívida acumulada de 100 milhões de euros, que continuará a ser assumida pelo Estado mesmo após a sua privatização.

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