Tribunal russo decreta prisão preventiva de ativista brasileira do Greenpeace

Um tribunal russo pediu neste domingo (29) a prisão preventiva de oito membros da tripulação do navio quebra-gelo do Greenpeace, Artic Sunrise, entre eles a brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, 31 anos. Os ativistas foram detidos na em 18 de setembro depois de tentar invadir uma plataforma de petróleo da estatal russa Gazprom no oceano Ártico

A brasileira Ana Paula Maciel é mantida sob custódia após protesto pacífico. © Greenpeace/Nick Cobbing

O grupo é acusado de pirataria depois de tentar invadir uma plataforma de petróleo da Gazprom no oceano Ártico na semana passada.

Os ambientalistas ficarão detidos até o dia 24 de novembro na região de Mourmansk, onde aguardarão a conclusão do inquérito.

A decisão foi anunciada depois de uma audiência neste domingo, acompanhada por embaixadores de diversos países. Os outros 22 membros da tripulação já haviam tido a prisão decretada pelo mesmo tribunal.

Em um comunicado, Kumi Naidoo, dirigente executivo do Greenpeace, estimou que a detenção dos ativistas  "se tratava de uma tentativa flagrante de intimidar os opositores ao projeto de exploração petrolífera no Ártico."

Os oito membros da tripulação, entre eles Ana Paula, haviam sido detidos por 72 horas, aguardando a audiência, já que faltavam provas e interprétes para que a Justiça russa concluísse o trabalho e decretasse a prisão.

Os 30 membros da tripulação do quebra-gelo detidos são de 18 nacionalidades diferentes. O Artic Sunrise foi rebocado até Mourmansk pela polícia costeira russa.

Segundo o Greenpeace, as autoridades do país desrepeitaram as leis marítimas, já que a embarcação navegava em águas internacionais.

O presidente Vladimir Putin reconheceu que o grupo não era integrado por piratas, o que indica que os ativistas podem beneficiar de circunstâncias atenuantes durante o processo.