Imprensa internacional repercute adiamento da visita de Dilma aos EUA
O adiamento da visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos pela falta de explicações convincentes sobre a espionagem do serviço secreto americano é uma das manchetes de hoje na imprensa europeia, nas rádios e TVs francesas.
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O diário espanhol "El Pais" diz que a atitude de Dilma, "uma mulher de cárater", foi uma solução diplomática encontrada para o governo brasileiro dar um "não" a Barack Obama.
A decisão já havia sido tomada desde as primeiras notícias de monitoramento das comunicações pessoais da presidente e de seus colaboradores, acrescenta o diário espanhol, e mantê-la seria "hipocrisia."
O jornal britânico “The Guardian” diz que a presidente Dilma esnobou Obama, lembrando que Dilma havia sido o único líder de outro país a ser convidado este ano para uma visita de Estado e um jantar de gala na Casa Branca.
O The Guardian lembra que o ex-presidente Lula declarou que Obama deveria pedir "descupas ao mundo" depois do escandâlo de espionagem, e que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, considerou o episódio como um atentado à soberania do país.
Em uma nota publicada ontem, o Palácio do Planalto reconhece que não existem condições políticas para a visita, mas ambos os países estão dispostos a manter a cooperação e o diálogo.
Segundo a imprensa brasileira, a visita da presidente poderia ocorrer em abril de 2014, ano em que Dilma disputará a reeleição.
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