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Brasil/EUA/Espionagem

Denúncias de espionagem fazem Dilma adiar viagem aos EUA

Dilma Rousseff anulou temporariamente sua viagem para o Estados Unidos, prevista para o mês de outubro. A decisão foi uma resposta às denuncias de que a Agência de segurança norte-americana, a NSA, teria espionado a presidente brasileira, seus assessores e a Petrobras. Washington disse que a visita de Estado não deveria ser ofuscada pelo episódio.

Dilma Rousseff não ficou convencida com as explicações de Barack Obama e anulou sua viagem aos Estados Unidos.
Dilma Rousseff não ficou convencida com as explicações de Barack Obama e anulou sua viagem aos Estados Unidos. REUTERS/Celso Junior
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Desde de que as denúncias do escândalo de espionagem foram feitas no início de setembro, a presidente brasileira vem pedindo explicações aos Estados Unidos. O chefe da Casa Branca chegou a telefonar para Dilma Rousseff na segunda-feira para convencê-la a manter a visita, mas os argumentos de Barack Obama não parecem ter sido suficientes.

Em nota oficial, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República explica que "os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada". Brasília lembrou que “as práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos”. Ainda segundo a nota, o governo brasileiro espera que, uma vez resolvida a questão das denúncias de maneira adequada, a viagem ocorra o mais rápido possível.

A Casa Branca se exprimiu sobre o tema. Ao confirmar a anulação da viagem, o porta-voz da presidência norte-americana, Jay Carney, disse que a visita não deveria ser ofuscada por causa de um único assunto, uma alusão direta às denúncias de espionagem envolvendo os dois países.

A informação de que Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) estaria espionando instituições e autoridades brasileiras, entre elas a própria presidente Dilma, foi divulgada no início de setembro em uma reportagem do programa Fantástico, na rede Globo. As denúncias se baseiam em dados transmitidos pelo ex-agente Edward Snowden, que desde junho transmite a jornalistas documentos confidenciais do governo norte-americano. Parte dessas informações foram entregues ao repórter do jornal britânico The Guardian Glenn Greenwald, que vive no Rio de Janeiro.

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