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Brasil/ protestos

Popularidade de Dilma despenca 27% após protestos

A popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu de 57% a 30% desde a primeira semana de junho, impactada pelos grandes protestos nas ruas que exigiam melhores serviços e o combate da corrupção, segundo uma pesquisa do instituto Datafolha publicada neste sábado. O número de entrevistados que consideram o governo de Dilma "ruim ou péssimo" aumentou de 9% a 25% em relação à sondagem realizada nos dias 6 e 7 de junho.

Presidente anunciou medidas, mas não conseguiu impedir queda brusca de popularidade.
Presidente anunciou medidas, mas não conseguiu impedir queda brusca de popularidade. REUTERS / Ueslei Marcelino
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Em março, a presidente tinha popularidade de 65%. Em junho, Dilma Rousseff perdeu mais de 20 pontos de apreço popular em todas as regiões do país, segundo a pesquisa. Segundo o Datafolha, a queda brusca de popularidade é a maior já registrada desde o plano econômico do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que confiscou a poupança dos brasileiros em 1990. Naquela ocasião, o índice de Collor caiu de 71% para 36% por cento, uma diferença de 35 pontos entre março e junho.

Os protestos explodiram há mais de duas semanas, motivados pelo aumento dos preços das passagens dos transportes públicos, mas depois viraram um gigantesco movimento que pede serviços públicos melhores e mais investimentos em áreas como saúde e educação. Os milhares de brasileiros que saem às ruas em várias cidades também criticam a corrupção dos políticos e os gastos bilionários na organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014.

Durante os protestos de 20 de junho, mas de um milhão de brasileiros saíram às ruas. Em alguns casos, as manifestações terminaram em confrontos com a polícia e cenas de violência.

A popularidade da presidente já havia registrado queda entre março e junho, de 65% a 57%, afetada pelo lento crescimento da economia e a alta da inflação. A pesquisa do instituto Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios do país, que tem 194 milhões de habitantes. A pesquisa tem margem de erro de 2%.

Após o começo das manifestações, Dilma fez um pronunciamento na televisão e prometeu um pacto com governadores para responder aos protestos. Dias depois, propôs a realização de um plebiscito para a reforma política, que segundo o Datafolha tem a aprovação de 68% dos brasileiros.

A reação da presidente aos protestos ocorridos em todo o país foi considerada ótima ou boa para 32%, enquanto 38% avaliaram como regular e 26% julgaram ruim ou péssima.
 

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