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Brasil/protestos

Para Banco Mundial, protestos não enfraquecem emergentes

Em entrevista à imprensa francesa, o presidente do Banco Mundial, Jim Young Kim, disse que nenhum país está imune a uma onda de protestos como as que estão ocorrendo neste momento no Brasil. Segundo ele, a ideia de que os movimentos sociais poderiam acarretar uma desaceleração econômica nos países emergentes também é falsa.

O presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim
O presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim Reuters/Stefan Wermuth
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As manifestações no Brasil mostram, de acordo com o dirigente do Banco Mundial, que as desigualdades sociais ainda persistem, apesar dos esforços relativos feito pelo governo para distribuir os dividendos oriundos de seu crescimento econômico. Agora que os cidadãos se mobilizaram para exigir serviços públicos de qualidade, mais transparência e uma melhor gestão de seus recursos, "O Brasil deve analisar com cuidado o que deverá ser feito daqui para frente", disse.

Segundo ele, esses protestos não significam o fim de um ciclo de prosperidade para os países emergentes, apesar da própria China ter dado sinais de uma desaceleração. "Teremos altos e baixos, mas é importante que não haja reações exacerbadas a essas variações", declarou. "Nenhum país está imune a esses movimentos de cidadãos que se mobilizam para pedir melhorias", acrescentou.

O dirigente também reafirmou sua intenção de erradicar a extrema pobreza, que atinge 1,2 bilhão de pessoas no mundo, até 2030.O dirigente, que vinha alertando sobre as consequências do aquecimento global, voltou a defender as políticas para favorecer o crescimento sem agravar as emissões de CO2.Segundo ele, seria impossível criar uma economia independente de energias fósseis e os países emergentes não aceitariam as consequências de uma redução drástica de gases poluentes, que afetariam seu desenvolvimento.
 

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