Angola: Professores aguardam contra-proposta do ministério do Ensino Superior
Os professores do Ensino Superior vão ver os salários melhorados, nos próximos tempos, garantiu a ministra angolana do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança. O Sindicato de Professores Universitários (SINPES) diz não ter recebido nenhuma contra proposta até ao momento.
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O governo angolano anunciou que está a estudar a possibilidade de rever ajustes salariais e do seguro de saúde. "A questão da renumeração de base, da sua alteração para um valor que vá de encontro à reclamação do sindicato está em estudo a nível do governo. Neste período, em que houve esta pausa na greve, seguramente que o governo irá convidar a equipa negocial do sindicato. Nenhum dos lados pretende prejudicar o ensino, pelo contrário", afirmou a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Os docentes do ensino superior estiveram em greve desde 27 de Fevereiro até 26 de Maio, altura em que suspenderam a greve durante 30 dias para "não prejudicar o ano académico" e dar tempo ao ministério do ensino superior de responder "às reivindicações dos professores".
O SINPES reivindica um aumento salarial e um seguro de saúde para os docentes. "As reivindicações que o sindicato apresenta são reconhecidas pelo governo. Vamos prosseguir com o trabalho que temos feito, desde longa data, com o sindicato", garantiu Maria do Rosário Bragança.
Ministra do Ensino Superior,Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança
O Sindicato Nacional de Professores do Ensino Superior (Sinpes) aguarda, agora, por um documento oficial com as conclusões do governo. Questionado sobre as declarações da ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, o secretário do SINPES para Luanda e Bengo, Carlinhos Zassala, acredita que pode haver um avanço, mas aguarda por uma contra proposta. "Se esta contra proposta for aceite, o sindicato levanta a greve. Em caso contrário, a greve será retomada", garante.
"Depois de completarmos quase 90 dias de paralisação e do ministério se ter mantido em silêncio, suspendemos a greve durante 30 dias para ver se a entidade patronal negociar com a equipa do sindicato. Estamos à espera de uma contra proposta porque devemos saber ganhar e perder", explicou.
Secretário Sindicato de Professores Universitários (Sinpes) para Luanda e Bengo, Carlinhos Zassala
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