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Angola

Comissão da Carteira e Ética solidária com o Sindicato dos Jornalistas Angolanos

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola disse ontem que está a efectuar um inquérito sobre o assalto e furto de computadores no passado fim-de-semana na sede do Sindicato dos Jornalistas de Angola. Na segunda-feira, o dirigente do sindicato, Teixeira Cândido denunciou aquele que foi o segundo assalto no espaço de duas semanas contra as instalações da organização, este responsável referindo igualmente ter recebido mensagens de ameaças. 

Logotipo do Sindicato dos Jornalistas Angolanos
Logotipo do Sindicato dos Jornalistas Angolanos © SJA
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Reagindo a estas ocorrências, a presidente da Comissão de Carteira e Ética de Angola, Luisa Rogério disse que vai estar ao lado do sindicato na manifestação a ser organizada em Luanda no próximo dia 17 de Dezembro em protesto contra as pressões sobre a classe e referiu igualmente esperar garantias por parte das autoridades.

"A Comissão da Carteira e Ética solidariza-se em termos absolutos com o Sindicato dos Jornalistas Angolanos. Vamos marchar juntos para fazer ouvir a nossa voz e as nossas preocupações junto das entidades públicas. O poder público tem de tomar uma posição, primeiro investigando estas ameaças e depois, dando garantias práticas, materiais de que aquilo que os governantes manifestam por intermédio da sua vontade política, realmente se materializa na prática, porque nós estamos intimidados, estamos ameaçados, não nos sentimos seguros", declarou à RFI a responsável da entidade que fiscaliza a actividade jornalística do país.

Ao referir-se às averiguações que as autoridades anunciaram ontem estar a efectuar, Luisa Rogério declarou que a sua "expectativa é que essa investigação traga realmente resultados e que eles sejam anunciados publicamente para tranquilizar a classe e a sociedade de um modo geral", esta responsável expressando o desejo de que "as autoridades, o Ministério do Interior e o SIC, nomeadamente, não façam declarações que não sejam acompanhadas de acções concretas".

Recorde-se que a segunda-feira, depois do segundo assalto contra as instalações do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), o secretário-geral desta entidade considerou que os profissionais da comunicação social estão a ser "atacados" e anunciou uma marcha de protesto para o dia 17 de Dezembro. Teixeira Cândido disse ainda ter recebido ameaças, nomeadamente via SMS.

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos também deu conta de assaltos contra dois jornalistas de órgãos angolanos e um estrangeiro. Ainda recentemente, no passado mês de Setembro, foi igualmente denunciada uma agressão contra Ludmila Pinto, mulher do activista e jornalista angolano Cláudio Emanuel Pinto, da Rádio Despertar, emissora ligada à Unita na oposição.

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