Aulas no ensino superior paralisadas em Angola
Em Angola, o Sindicato dos professores do Ensino Superior retomou hoje a greve interrompida em Maio deste ano, para exigir o cumprimento das reivindicações apresentadas já há algum tempo pela classe.
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As actividades lectivas no ensino universitário em Angola começaram a 3 de Outubro.
Esta segunda-feira, 24 de Outubro, os professores do ensino superior anunciaram a paralisação das aulas, mas mostram-se, contudo, abertos ao diálogo com o Ministério do Ensino Superior.
O secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior diz que, apesar do ano lectivo ter arrancado no início do mês, a tutela ainda não respondeu a todas as preocupações dos docentes.
Eduardo Peres Alberto aponta, por exemplo, o aumento salarial, a falta de seguro de saúde, de programas para formação contínua dos professores e do pessoal não docente, como quatro dos principais eixos ainda não resolvidos. “Salários condignos, seguro de saúde, formação contínua dos docentes e pessoal não docente e a falta de verba para investigação científica. O nosso apelo é que o Governo seja mais célere, porque no mês de Maio o governo dizia que não tem dinheiro para aumentar o salário do professor, mas no mês de Junho já tinha dinheiro para partidos políticos”, enfatizou o responsável do sindicato.
O sindicalista confirmou, também, que o movimento sindical e a tutela chegaram a entendimento nas questões que têm que ver com as eleições nas unidades orgânicas do ensino superior público, o apetrechamento das infra-estruturas e a dívida pública. “A questão à volta das eleições foi atendida, a questão das infra-estruturas é pacífica, mas recomendamos ao Ministério que a concepção de projectos para infra-estruturas das instituições do ensino superior público deve ser com a participação das comunidades académicas de cada instituição. Portanto, a entendimento nestes quatro pontos”, confirmou o sindicalista.
Eduardo Peres Alberto garantiu que amanhã o Sindicato dos Professores do Ensino Superior e Ministérios do Ensino Superior e Administração Publica, Trabalho e Segurança Social voltam a ronda negocial, para abordarem 4 das 8 questões que constam no caderno.
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