Angola: "As nossas pensões de reforma não dão para viver"
O executivo angolano aprovou no último Conselho de Ministros, medidas dirigidas ao poder de compra dos pensionistas. As pensões são pagas no dia 12 de cada meses, nos dias seguintes formam-se longas filas em frente aos bancos.
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As portas do banco de poupança e crédito abriram às oito e meia, mas as filas formam-se a partir das seis manhã para vir levantar as pensões, conta Carlos Tomás.
"A minha reforma é de 30.000 kwanzas e é pouco. Estou à espera que aumente, mas nunca mais há aumentos", lamenta.
O custo de vida aumenta e os 30.000 kwanzas não chegam para viver, explica Abel, tem 88 anos, e veio levantar a reforma. "Isto não chega, não chega para nada. Ganho 40.000 kwanzas e é pouco. Deveriam ser 40.000 ou 50.000 com as crianças, os meus netos, isto não dá para nada", descreve.
Todos os reformados reclamam o mesmo, um aumento das pensões, explica Zeferino, 68 anos.
"As pensões dos reformados é pouco, ganhamos 33.000 kwanzas, não dá para viver e têm de aumentar. O governo tem que ver isto, tem que aumentar. O governo tem que ver a forma como vivemos, estamos a viver mal. Deveríamos viver com pelo menos 90.000 kwanzas", descreve Zeferino.
As pensões em Angola oscilam entre os 50.874 e 30.894 kwmanzas mensais. Ar maior parte dos pensionistas reclamam o aumento do rendimentos de sobrevivência, invalidez e abono de velhice para acompanhar o aumento dos produtos básicos como o arroz, óleo e fubas, farinha de milho.
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