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Angola / Cabinda

Presidente angolano João Lourenço efectua uma visita de três dias a Cabinda

O presidente angolano, João Lourenço, começa hoje uma visita de três dias ao enclave de Cabinda. O território entre os dois Congos continua a ser alvo de acções dos independentistas da Flec-Fac que reivindicam uma intensificação dos confrontos com as tropas de Luanda. No entanto, será a inauguração de infra-estruturas sociais e económicas a estar em foco nesta deslocação.

João Lourenço, Presidente Angola.
João Lourenço, Presidente Angola. © Lusa
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A actividade política angolana é marcada hoje com o início da visita de três dias do Presidente de Angola, João Lourenço, ao enclave de Cabinda, onde o Movimento Independentista da Flec-Fac, tem reivindicado acções militares, com dezenas de mortos. Uma situação de conflitualidade sobre a qual o executivo angolano se tem mantido discreto, não confirmando baixas nem falando de instabilidade, sublinhando sempre a unidade do território.

No âmbito da sua visita, João Lourenço, inaugura esta quinta-feira o novo hospital regional e mantém encontros com responsáveis locais, representantes da sociedade civil, igrejas e jovens, para abordarem os problemas políticos, económicos e sociais desta região rica em petróleo.

Na agenda desta deslocação, o Presidente angolano prevê igualmente inaugurar nesta sexta-feira o Terminal Marítimo de Passageiros, uma infra-estrutura que pretende ser uma alternativa ao transporte aéreo para se chegar ao enclave. Também amanhã, João Lourenço deveria deslocar-se ao campo de Malongo (sede das operações da petrolífera norte-americana em Angola) no intuito de visitar as obras de construção de uma plataforma petrolífera.

Já no sábado e antes de regressar a Luanda, é na qualidade de líder do MPLA que João Lourenço vai presidir um comício do seu partido no enclave, marcando o lançamento da pré-campanha eleitoral.

Esta visita acontece num contexto delicado. Apesar dos recursos naturais da região, a maioria da população vive na extrema pobreza, frequentemente denunciada por organizações de Direitos Humanos e pelo Movimento Independentista da Flec-Fac. Outra questão que preocupa as populações locais, é a frequente violação dos Direitos Humanos pelas forças de segurança.

Ainda ontem, 5 organizações políticas, a Frente Consensual de Cabinda (FCC), Movimento de Reunificação do Povo de Cabinda para a sua Soberania (MRPCS), União dos Cabindenses pela Independência (UCI), Movimento Democrático de Cabinda (MDC) e Os Democratas Liberais de Cabinda (DLC) dirigiram uma carta ao Presidente angolano pedindo-lhe que reconheça o direito do povo cabindense à autodeterminação, e denunciando "um clima de repressão militar", perseguições, tortura e assassínios.

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