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CPLP

Angola assumiu presidência rotativa da CPLP

Angola assumiu, este sábado, a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, terminou o seu mandato à frente da CPLP  com "missão cumprida". A XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP decorre hoje em Luanda.

O Presidente da República de Angola, João Lourenço (C), na sessão de abertura da XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda, Angola, 17 de julho de 2021. Nesta cimeira, que decorre sob o tema "Construir e Fortalecer um Futuro Comum e Sustentável", Angola assume a presidência rotativa da CPLP, até agora assegurada por Cabo Verde. AMPE ROGÉRIO/LUSA
O Presidente da República de Angola, João Lourenço (C), na sessão de abertura da XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda, Angola, 17 de julho de 2021. Nesta cimeira, que decorre sob o tema "Construir e Fortalecer um Futuro Comum e Sustentável", Angola assume a presidência rotativa da CPLP, até agora assegurada por Cabo Verde. AMPE ROGÉRIO/LUSA LUSA - AMPE ROGÉRIO
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Esta manhã, o primeiro a discursar foi João Lourenço, que sublinhou que estar “reunidos em tempos de pandemia é revelador da importância” da CPLP.

00:57

Joao Lourenço CPLP 17072021

Seguiu-se o Presidente de Cabo Verde e presidente cessante da CPLP, que falou em “missão cumprida” pelo trabalho realizado desde Julho de 2018 em nome de uma “comunidade de povos e de cidadãos”.

Jorge Carlos Fonseca disse que houve um “avanço na prossecução dos objectivos fundadores da CPLP", ao nível da “concertação política e diplomática” que permitiu “uma afirmação” dos países-membros na cena internacional e no acesso a cargos e organizações internacionais com maior relevo.

O chefe de Estado cabo-verdiano lembrou que “inúmeras candidaturas a vários cargos internacionais foram objecto de consenso e solidariedade entre todos os Estados membros” e sublinhou que se falou “a uma só voz” e que se atingiu uma grande “cumplicidade política” entre os nove países membros.

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Jorge Carlos Fonseca CPLP 17072021

O Presidente cabo-verdiano lembrou a importância do acordo sobre a mobilidade alcançado durante o seu mandato e que vai ser assinado hoje, afirmando que é essencial criar um “espaço de livre circulação de pessoas e de investimento”, potenciar o sector económico e valorizar e projecção internacional da cultura. 

Jorge Carlos Fonseca destacou, ainda, que se intensificaram as relações entre os países da CPLP e organizações da sociedade civil e recordou que mais de 80 organizações da sociedade civil têm o estatuto de observadores consultivos da CPLP e que a CPLP se tornou num “espaço de atracção”, com 18 países observadores associados.

Angola vai assumir a presidência rotativa da organização depois de Cabo Verde ter assumido a Presidência em exercício da CPLP desde Julho de 2018 e que deveria ter terminado no ano passado mas foi prolongada devido à pandemia de Covid-19.

Esta é a primeira cimeira da CPLP depois da pandemia e coincide com o 25° aniversário da organização a 17 de Julho. É também a primeira vez que a cimeira vai aprovar a proposta sobre a mobilidade dos cidadãos lusófonos, naquele que é um dos temas principais do encontro. O outro tema em destaque é a introdução do quarto pilar da cooperação econômica e empresarial.

Espera-se ainda que os líderes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) se pronunciem sobre o apoio a Moçambique, para enfrentar a situação de violência na província de Cabo Delgado, bem como sobre os progressos da Guiné Equatorial no que respeita aos compromissos que assumiu quando se tornou membro da organização, em 2014, nomeadamente o da abolição da pena de morte.

Além do anfitrião, o Presidente Joao Lourenço, estão presentes o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho.

O Brasil está representado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, e a nível de chefes de Governo estão presentes António Costa (Portugal), Ulisses Correia e Silva (Cabo Verde), Nuno Nabiam (Guiné-Bissau), Jorge Bom Jesus (São Tomé e Príncipe) e Carlos Agostinho do Rosário (Moçambique). A Guiné Equatorial está representada pelo ministro dos Assuntos Exteriores, Simeón Oyono Esono Angue.

Na sessão de abertura, falam os chefes de Estado angolano e cabo-verdiano, o presidente da Assembleia Parlamentar da CPLP, o guineense Cipriano Cassamá, o Presidente da Namíbia, Hage Gottfried Geinbob, em representação dos países observadores associados da organização, e François Lounecény Fall, representante especial do secretário-geral da ONU, em representação das organizações internacionais.

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