Professores angolanos em greve para exigir melhores salários
Em Angola, os professores de vários subsistemas de ensino iniciaram esta quinta-feira, 22 de Abril, uma vaga de greve nacional em instituições públicas e privadas. Os sindicatos exigem resolução dos problemas que afectam a classe.
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O Sindicato Nacional de Professores do Ensino e Trabalhadores do Ensino não Universitário, começou esta manhã, uma greve em várias fases para ver respondidas as suas reivindicações pela entidade patronal.
Avelino Calunga, presidente do Sinptenu, refere que a paralisação tem que ver com a falta de resposta do Ministério da Educação que insiste em ignorar os problemas dos professores e dos trabalhadores do sector da Educação.
“A não promoção de categorias a um grau para todos os agentes da educação, cuja transição para ajustamento de perfil foi feita até ao ano de 2019, e a não fixação de prazo para tabela de actualização da massa salarial”, disse o líder do Sinptenu.
O sindicalista lamenta que os actuais salários já não respondam às preocupações da classe, devido à crise económica e financeira, que assola o país de nos últimos seis anos.
O primeiro período da greve do Sinptenu vai de 22 a 27 deste mês, o segundo de 24 a 27 de Maio e o terceiro e último de 14 de Junho a 2 de Julho próximo.
“Ministério não responde ao caderno”
Quem também vai entrar em greve, mas na próxima semana é o Sindicato Nacional de Professores (SINPROF), que reclama melhores condições laborais e promoções de carreira.
Segundo Admar Jinguma, secretário-geral do SINPROF, há dois anos que os professores esperam por uma resposta sobre o caderno reivindicativo que repousa para já no Ministério da Educação.
O sindicalista faz saber que do rol de reivindicações da classe docente constam os métodos de promoção, o subsídio de isolamento e a generalização da merenda escolar em todos os subsistemas de ensino no país.
“Nós na verdade estamos a reclamar dez questões que constam no caderno reivindicativo, que apresentamos ao Ministério da Educação ainda em Outubro de 2019. Estamos a reclamar promoções em função do tempo de serviço, um subsídio de periferia ou de isolamento para zonas mais afastadas e a questão da generalização da merenda escolar”, recordou o professor Admar Jinguma.
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