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#Angola/Augusto Tomás

Angola: Serviços prisionais desmentem tortura de antigo ministro

O jornal angolano “O Kwanza” escreveu que o antigo ministro angolano dos Transportes, Augusto Tomás, foi vítima de tortura psicológica na cadeia. Serviços Prisionais desmentem e falam em revistas às celas.

Hospital Prisão São Paulo, em Luanda. Imagem de arquivo.
Hospital Prisão São Paulo, em Luanda. Imagem de arquivo. AFP - RODGER BOSCH
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De acordo com o jornal angolano “O Kwanza”, o antigo ministro dos Transportes de Angola, Augusto Tomás, teria sido vítima de tortura psicológica e de tratamento de que são alvos os presos de “delito comum” por parte de agentes dos Serviços Prisionais do Hospital Prisão São Paulo, em Luanda.

Fontes ouvidas pelo jornal indicaram que presumíveis agentes prisionais, que se encontravam encapuzados, invadiram a cela do ex-ministro, de madrugada, levaram o colchão para fora e reviraram todos os haveres.

Menezes Cassoma, porta-voz dos Serviços Prisionais, negou as acusações: “As informações, segundo as quais, o antigo ministro dos Transportes esteja a ser torturado psicologicamente não correspondem à verdade”.

O responsável disse que o que tem acontecido são revistas e buscas nas celas dos reclusos, algo que alega ser um procedimento normal da actividade prisional: “No ponto de vista de segurança temos estado a fazer revistas para evitar a entrada de objectos proibidos na instituição e nas celas dos reclusos.

O porta-voz dos Serviços Prisionais reconheceu que houve, se calhar, excesso de zelo por parte de alguns agentes, mas reiterou que, em momento nenhum, os reclusos são torturados psicologicamente ou fisicamente.

Menezes Cassoma acrescentou que a reabilitação  de um recluso não se faz com tortura e muito menos com agressão física e que, a nível do sistema penitenciário, as pessoas que interagem directamente com os presos são especialistas, ou seja,  psicólogos e assistentes sociais.

Augusto Tomás cumpre uma de pena de 14 anos de prisão por alegada prática de peculato, branqueamento de capital, associação criminosa e artifícios fraudulentos para desviar fundos do Estado no caso do Conselho Nacional de Carregadores (CNC). Outros réus foram condenados a penas que vão de dois a 12 anos de prisão.

Oiça aqui a reportagem de Francisco Paulo.

01:04

Correspondência de Angola, 20/7/2020

 

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