Jovens exigem libertação de activistas e fim demolições em Benguela
Perto de sessenta jovens manifestaram-se, neste sábado, em Benguela, Angola, exigindo a libertação de activistas e o fim das demolições de casas no bairro das salinas.
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Em Junho, activistas foram condenados a três meses de prisão efectiva pelo crime de desacato à autoridade, quando tentavam filmar as demolições nas Salinas.
Divulo Prata, um dos organizadores do protesto, disse que a marcha pacífica decorreu sem sobressalto, uma vez que foram criadas todas as condições para o efeito.
“A ideia de sairmos às ruas de Benguela é para demonstrar o nosso descontentamento sobre condenações e detenções de activistas sem causa justa, como também repudiar as demolições no bairro das salinas”, frisou o activista.
Prata denuncia as demolições de casas nos bairros periféricos da província, deixando famílias ao relento e alojadas em casebres.
Refere que o protesto é única forma de pressionar o Governo de Benguela a parar com a violação dos direitos humanos, mas adverte que caso as autoridades façam ouvido de mercador, terá de lidar com uma vaga de manifestações frente à sede do Governo Provincial.
“Queremos independência dos juízes e tribunais, só assim podemos ter uma democracia plena e não aquela de faz de conta para agradar a um certo grupo”, desabafou.
Prata explicou ainda que o pequeno incidente que se registou foi quando a polícia queria impedir a participação de algumas crianças no protesto.
Ao que a RFI conseguiu apurar os populares do bairro das Salinas, no município de Benguela, que viram as suas casas demolidas, foram alojados na Escola Pública Magistério Primário.
Com a colaboração de Francisco Paulo, correspondente em Angola.
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