O Fundo Soberano de Angola, gerido pelo filho mais velho do antigo Presidente angolano, surge nos milhões de ficheiros dos chamados Paradise Papers, a mais recente fuga de informação que revela ligações de figuras como a Rainha Isabel II, Bono e Madonna, entre políticos e milionários ou ainda offshores. De acordo com o jornal suíço Le Matin Dimanche, que integra o consórcio de jornalistas que analisa os Paradise Papers, o Fundo Soberano de Angola é uma das entidades “apanhadas” nos 13,4 milhões de ficheiros que revelam ligações de várias personalidades mundiais a paraísos fiscais.Em causa estão documentos da empresa suíça Quantum Global especializada na gestão de activos, nomeadamente, em paraísos ficais com as Maurícias.De acordo com os documentos agora divulgados nos Paradise Papers, dos cerca de 5 mil milhões de euros atribuídos ao Fundo, quase 3 mil milhões foram desviados para sete fundos de investimento nas Maurícias.O processo que foi gerido pela Quantum Global, empresa gerida por Jean-Claude Bastos de Morais, empresário suíço de origem angolana com quem José Filomeno dos Santos - filho do antigo presidente angolano - tem mantido ligações próximas, nomeadamente no âmbito dos negócios.O nosso convidado é Didier Péclard, professor e investigador do Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Genebra, com quem analisamos o envolvimento do Fundo soberano angolano nos Paradise Papers.
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O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.29/04/202409:41