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Angola

Prisão angolana segundo Luaty Beirão

O diário dos primeiros dias de prisão de Luaty Beirão vai ser apresentado em livro, em Luanda, um ano depois de concluído.

Luaty Beirão, activista luso-angolano.
Luaty Beirão, activista luso-angolano. Cristiana Soares/RFI
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Apresentado em Portugal e no Brasil ao longo do último ano, Luaty Beirão lamentou que não tivesse sido possível fazer em Luanda a primeira apresentação do livro, que teve como base o diário que conseguiu fazer sair da prisão no interior de um jornal. Recorde-se que Luaty Beirão esteve com outros 16 activistas angolanos, no mesmo processo, entre 2015 e 2016.

O lançamento em Angola do livro "Sou eu mais livre, então - Diário de um preso político angolano" está agendado para 9 de Novembro, no Hotel Globo, em Luanda, com apresentação a cargo do jornalista Reginaldo Silva.

Com a chegada ao poder de João Lourenço, empossado como Presidente da República de Angola em Setembro, sucedendo a 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos, o activista Luaty Beirão vai tentar com esta apresentação, testar os novos governantes.

Recorde-se que o luso-angolano foi um dos 17 activistas condenados a penas de prisão pelo tribunal de Luanda, a 28 de março, por rebelião e associação de malfeitores. Luaty Beirão já tinha passado seis meses em prisão preventiva.

A publicação desta obra resulta de um desafio da directora editorial da Tinta-da-China, Bárbara Bulhosa.

O diário, que contém 100 páginas, retrata os primeiros 16 dias de prisão preventiva, quando o activista partilhava o espaço numa cadeia com cerca de 1500 reclusos. Luaty Beirão ocupou uma cela de dois por três metros, e de onde por vezes nem podia sair para as refeições.

Recorde-se ainda que Luaty Beirão realizou uma greve de fome de 36 dias, entre setembro e outubro de 2015, contra o excesso de prisão preventiva.

Este diário virou livro devido à ideia encontrada de colocar o original no interior de um jornal. O activista afirmou que este trabalho não representa um quinto do material que estava nos restantes cadernos que foram apreendidos pelos Serviços Penitenciários.

Luaty Beirão e os restantes 16 ativistas foram libertados pelo Tribunal Supremo no final de junho, após recurso apresentado pela defesa, e foram todos abrangidos pela amnistia presidencial para crimes, excluindo os de sangue, cometidos até 11 de novembro de 2015, decretada no ano passado.

Ouça as declarações de Luaty Beirão.

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Luaty Beirão, activista luso-angolano

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