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Angola

Angola : agitação na CNE

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) suspendeu a sessão plenária de hoje e criou um grupo de trabalho para analisar e deliberar as reclamações apresentadas pela UNITA e CASA-CE relativa ao escrutínio de dia 23 de Agosto.

Eleitor angolano
Eleitor angolano REUTERS/Siphiwe Sibeko/File Photo
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Os principais partidos da oposição angolna UNITA, CASA-CE e PRS contestam os resultados provisórios anunciados na passada sexta-feira, 25 de Agosto, que dão a vitória ao MPLA, partido no poder, com 61% dos votos e uma projecção de 150 deputados, além da eleição de João Lourenço como próximo Presidente da República.

A UNITA, maior partido da oposição, denunciou ilegalidade no escrutínio em 15 das 18 províncias angolanas.

Para esta sexta-feira estava convocada uma sessão plenária que foi suspensa e foi criado um grupo de trabalho que irá analisar e deliberar as reclamações dos partidos da oposição.

Este grupo de trabalho que, até às 20 horas locais desta sexta-feira, deverá apresentar conclusões à CNE que irá, de imediato, realizar um novo plenário.

O Tribunal constitucional angolano indeferiu, na quinta-feira, o pedido da coligação CASA CE de impugnação dos resultados provisórios divulgados pela CNE.

O prazo legal de divulgação dos resultados definitivos termina a 6 de Setembro, data que será respeitada segundo a porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral, Júlia Ferreira.

As diferentes confissões religiosas têm-se pronunciado sobre este "clima tenso" pós-eleitoral.

Nesta sexta-feira, o Supremo Tribunal queniano considerou que o quadro eleitoral cometeu "irregularidades e ilegalidades" e que é necessário realizar novas eleições presidenciais. O padre angolano Pio Wacussanga integra a sociedade civil que pediu para ser incluída na recontagem de votos e considera que em Angola um cenário igual ao queniano seria possível, "mas apenas formalmente pois o tribunal não tomaria a mesma decisão".

01:06

Padre Pio Wacussanga

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