Bengo manifesta contra suspensão de doze professores
Na província do Bengo doze professores foram suspensos das suas funções por participarem na greve nacional dos professores. Para contestar estas exclusões está convocada para amanhã, 13 de Maio, uma manifestação.
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Doze professores da província do Bengo foram afastados dos seus postos e das funções que exerciam como coordenadores por terem aderido à greve nacional do Sindicato dos Professores Angolanos (SINPROF) que que foi suspensa no passado dia 2 de Maio.
A situação agrava-se uma vez que três dos doze professores "para além de estarem exonerados já não recebem o subsídio de chefia do mês passado, de Abril, nos seus salários e esta é uma forma de retaliação aos professores", descreveu o secretário administrativo e porta-voz provincial do SINPROF no Bengo, Mbaxi Paulino Mateus.
Em resposta a estas suspensões, o secretariado do sindicato de professores da província do Bengo convocou toda a classe docente da província para uma manifestação "a ter lugar no sábado, dia 13 de Maio, pelas 12h, com concentração no largo da Mifuma, depois da ponte", de onde partirão os manifestante passando por várias artérias da cidade até chegar à Direcção Provincial da Educação, Ciência e Tecnologia.
São quatro os pontos de ordem que motivam a manifestação; "o não pagamento da dívida que deveria ter sido paga até Dezembro sem ter sido cumprido, os descontos arbitrários - os professores que aderiram à primeira fase da greve foram descontados quatro dias de trabalho-, exonerações arbitrárias dos 12 colegas, a retirada da quota sindical do secretariado sindical que representa a contribuição mensal dos filiados voluntaria", enumerou Mbaxi Paulino Mateus.
"Pensamos que sejam mais de mil professores na rua e vamos marchar e repudiar a atitude policial e apelar à demissão do director provincial da educação, tendo em conta os constrangimentos que tem criado ao nível das relações não só institucionais como os problemas que afecta a província do Bengo", descreveu ainda o secretário administrativo e porta-voz provincial do SINPROf no Bengo.
Ontem, o sindicato de professores da província do Bengo foi notificado de que a manifestação não estava autorizada a sair às ruas. Mbaxi Paulino Mateus tem sido alertado para o facto de "os professores poderem vir a ser agredidos, detidos e torturados", mas apesar da repressão massiva "isso não vai fazer com que recuemos da nossa decisão".
Mbaxi Paulino Mateus, Secretário administrativo do SINPRF no Bengo
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