Angola: oposição denuncia tentativa de manipulação das eleições
Em Angola, os partidos da oposição com assento parlamentar tomaram posição contra os contratos de prestação de serviços a serem rubricados entre a Comissão Nacional Eleitoral e as empresas de prestação de serviços que deveriam participar na organização do escrutínio de 23 de Agosto. A oposição denuncia a tentativa de manipulação das eleições.
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A oposição angolana acusa a CNE de escolher as mesmas empresas, de Portugal e Espanha, "que participaram nas fraudes de 2008 e 2012", para a assessoria tecnológica das eleições gerais de Agosto.
Em conferência de imprensa conjunta, UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA, contestam a forma como a CNE pretende adjudicar a prestação de "serviços eleitorais" à empresa portuguesa Sinfic e à espanhola Indra.
Os quatro partidos da oposição com assento parlamentar falam no lançamento de bases para um processo eleitoral "não transparente nem democrático", que visa a "manipulação dos resultados eleitorais".
A oposição denuncia um negócio de mais de 200 milhões de euros, num concurso público de "circunstâncias pouco transparentes".
Os partidos relembram que as empresas escolhidas são as mesmas de 2008 e 2012. Acusam a Idra de em 2008 ter produzido mais boletins de voto do que os recebidos pela CNE e a Sinfic de ter assessorado o Ministério da Administração do Território e a CNE na produção de "cadernos eleitorais incorrectos".
A Comissão Nacional Eleitoral ainda não reagiu as alegações dos partidos da oposição.
Avelino Miguel, correspondente em Luanda
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