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Estados Unidos/Crise política

Governo continua paralisado nos EUA; Obama cancela viagens

O presidente Barack Obama cancelou visitas que faria à Malásia e às Filipinas, etapas de uma turnê que faria pelo sudeste asiático a partir de 11 de outubro, prevendo demora na solução do impasse gerado pela falta de votação do orçamento no Congresso. O braço de ferro entre democratas e republicanos pode durar vários dias. Os serviços públicos federais entram hoje no segundo dia de paralisação.

Funcionário público americano protesta em frente ao Capitólio, em Washington.
Funcionário público americano protesta em frente ao Capitólio, em Washington. REUTERS/Larry Downing
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Obama rejeitou na terça-feira um plano dos republicanos para reabrir algumas áreas da administração federal. Em pronunciamento nos jardins da Casa Branca, ele acusou os republicanos de "paralisaram o governo em razão de uma cruzada ideológica para negar planos de saúde acessíveis a milhões de americanos".

Após longos anos de batalha, a reforma conhecida como "Obamacare" entrou ontem em vigor e deve dar a mais de 30 milhões de americanos, até então sem nenhum seguro de saúde, acesso ao programa Medicaid, subsidiado pelo governo e já utilizado pelos mais pobres. Quase três milhões de pessoas se inscreveram ontem no site criado pelo governo para ter o benefício, mas Obama reconheceu que o processo é burocrático e ainda precisa ser melhorado.

Cerca de 53 milhões de americanos não dispõem de plano de saúde nos Estados Unidos. Os serviços médicos e hospitalares são caros e já levaram milhares de famílias à falência pela falta de proteção social. Para os republicanos, a ampliação desse programa é uma concessão social contrária à mentalidade individualista do país e uma intrusão que pode custar caro ao Estado federal. Em consequência, eles bloquearam a votação do orçamento no Congresso.

A primeira paralisação de órgãos federais em 17 anos causou transtornos nesta terça-feira para milhares de americanos e turistas. Os visitantes que foram ontem a museus e monumentos nacionais, como a estátua da Liberdade, em Nova York, ou a sede da Nasa, na Flórida, faziam meia-volta diante de cartazes com a expressão "shut-down" (governo fechado).

Centenas de milhares de funcionários públicos iniciam hoje mais um dia sem trabalho e sem saber quando voltarão a receber seus salários.
 

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