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EUA/Espionagem

Snowden retira pedido de asilo à Rússia para fazer novas revelações

O técnico de segurança digital Edward Snowden, que se encontra há oito dias em uma área de trânsito do aeroporto de Moscou, retirou o pedido de asilo político feito à Rússia, segundo informou o Kremlim nesta terça-feira, 2 de julho de 2013. Snowden não aceitou as condições impostas pelo presidente Vladimir Putin, que exigia que ele parasse de divulgar informações confidenciais do governo americano se quisesse ficar na Rússia.

Edward Snowden, acusado de espionagem pelos Estados Unidos e atualmente na área de trânsito do aeroporto de Moscou, em foto de 6 de junho de 2013.
Edward Snowden, acusado de espionagem pelos Estados Unidos e atualmente na área de trânsito do aeroporto de Moscou, em foto de 6 de junho de 2013. The Guardian
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A equipe do site Wikileaks, que ajuda Snowden em sua fuga, revelou nesta segunda-feira que ele enviou pedido de asilo a 21 países, entre eles Brasil, Equador, Bolívia, Venezuela, Cuba, China, França e Alemanha. A Polônia, também solicitada, já recusou o pedido. Mas Snowden tem outras cartas na manga.

O técnico de segurança digital prometeu ontem fazer novas revelações. Ele se sente perseguido pela administração Obama, que o indiciou por espionagem e cancelou seu passaporte.

A denúncia mais recente do ex-espião, sobre a escuta telefônica de diplomatas e líderes europeus, deixou os aliados irritados e pode levar a União Europeia a suspender as negociações do acordo de livre comércio com os Estados Unidos marcadas para este mês.

Vários governos europeus estão indignados e disseram que o susposto caso de espionagem é uma reminiscência da Guerra Fria. O presidente francês François Hollande ressaltou que “este tipo de comportamento não deve ser admitido entre parceiros e aliados.” Ele defendeu que os europeus tomem uma posição coordenada e comum em relação às explicações que exigem dos Estados Unidos.

A Comissão Europeia afirmou estar aguardando uma resposta clara e transparente de Washington. O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse estar profundamente preocupado e também exigiu o imediato esclarecimento destas alegações pelas autoridades norte-americanas.

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