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Chile/Mineiros

Mineiros soterrados no Chile mostram em vídeo coragem e lucidez

TV chilena divulga imagens dos mineiros que estão bloqueados há 21 dias a 700 metros de profundidade, no norte do país, enquanto aumenta a polêmica sobre a responsabilidade dos gestores da mina no acidente.

Imagens dos mineiros feitas à partir de um vídeo, no Chile.
Imagens dos mineiros feitas à partir de um vídeo, no Chile. REUTERS
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Os 33 mineiros bloqueados há três semanas dentro de uma mina no norte do Chile conseguiram enviar para a superfície um vídeo que os mostra a 700 metros abaixo da superfície. As imagens foram mostradas pela televisão chilena na noite desta quinta-feira, depois de terem sido passadas aos familiares dos mineiros que estão acampados ao redor da mina de San José.

Apesar da complicada situação de confinamento e do longo prazo dado para o salvamento (de três a quatro meses), o grupo aparece bem disposto e descontraído nos 45 minutos de filme, mostrando coragem e lucidez.

Sem camisas, por causa do calor, eles explicam que estão organizados para enfrentar a longa espera até o resgate, mas pedem às autoridades que os libertem "depressa, por favor".

"Está tudo bem organizado: aqui temos remédios, desodorante, pasta de dentes", explica um deles para a câmera.

Outro envia saudações à família e pede que os tirem logo dali. As últimas imagens exibem os mineiros cantando o hino nacional do Chile, seguido de aplausos.

O grupo mostra como eles dividem o refúgio em áreas, onde planejam o dia a dia, rezam, comem e jogam dominó. Ao todo, eles têm para se movimentar um espaço de 1,5 quilômetro de extensão.

Eles sofrem de desidratação e perderam muito peso, mas, segundo o ministro chileno da Saúde, Jaime Mañalich, do ponto de vista médico, o prognóstico é razoável. Quatro especialistas da Nasa, a agência espacial americana, estão no Chile desde domingo dando apoio às operações de salvamento.

Já tramitam na justiça chilena ações de indenização pelo acidente. A esposa de um dos mineiros soterrados prestou queixa contra os diretores do grupo San Esteban, que explora a mina, e contra o Serviço Nacional de Geologia e de Minas. A ação evoca falta de responsabilidade do órgão regulador por ter reaberto a mina em 2008, após a morte de um trabalhador em 2007.

A justiça também bloqueou 1,8 milhão de dólares para o pagamento de eventuais indenizações. Na segunda-feira, o grupo San Esteban se declarou à beira da falência por causa do acidente.
 

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