O CAN - Campeonato Africano das Nações - edição 2019 foi marcado pela presença de duas selecções lusófonas, algo que não acontecia desde 2013. A Guiné-Bissau e Angola substituíram a já referida Angola e Cabo Verde.
A prova foi marcada por várias polémicas, entre elas a organização do torneio que passou dos Camarões para o Egipto, isto sem esquecer que foi o primeiro CAN no dito ‘Verão Europeu’ nos meses de Junho e Julho, e que foi disputado por 24 países.
A Guiné-Bissau participou pela segunda vez consecutiva. Os Djurtus perderam por 2-0 frente aos Camarões, empataram sem golos frente ao Benim e foram derrotados pelo Gana por 2-0. A participação guineense ficou-se pela fase de grupos.
Em entrevista à RFI, Baciro Candé, seleccionador guineense, fez um balanço do ano bem como da participação ao CAN.
Baciro Candé, seleccionador da Guiné-Bissau
Angola participou pela oitava vez. Os Palancas Negras empataram a uma bola frente à Tunísia, também empataram frente à Mauritânia, mas sem golos, e acabaram por perder por 1-0 frente ao Mali. A participação angolana também ficou pela fase de grupos.
Em entrevista à RFI, Mateus Galiano, capitão angolano, falou do ano positivo que tiveram os Palancas Negras com o apuramento para o CAN 2019 e para a fase de grupos de apuramento para o Mundial 2022, mas também fez um balanço da prova que decorreu no Egipto.
Mateus Galiano, capitão de Angola
Recorde-se que a Argélia venceu o CAN 2019, derrotando o Senegal na final no Cairo por 0-1.
Outro feito histórico durante este ano desportivo, a participação de Angola no Mundial Sub-17 que decorreu no Brasil.
A RFI falou com Pedro Gonçalves, selecionador português dos Palanquinhas, que fez um balanço da prova, mas começou por abordar o percurso até ao Mundial que passou pela conquista da medalha de bronze no CAN Sub-17.
Pedro Gonçalves, seleccionador de Angola
Recorde-se que o vencedor do Mundial foi o Brasil que derrotou o México na final por 2-1.
No que diz respeito ao futebol europeu,
Portugal venceu a primeira edição da Liga das Nações europeias que decorreu em território luso.
A Selecção das Quinas derrotou por 1-0 a Holanda com o único tento a ser apontado pelo avançado Gonçalo Guedes no Estádio do Dragão, na cidade do Porto. Ao vencer a primeira edição da Liga das Nações, Portugal arrecadou mais um título depois de se ter sagrado campeão no Euro-2016 em França.
Quanto às provas de clubes,
O Liverpool sagrou-se campeão do mundo de clubes ao derrotar na final os brasileiros do Flamengo, por 1-0, com um golo de Roberto Firmino, no prolongamento. É apenas a segunda vez que uma equipa inglesa venceu o mundial de clubes organizado pela FIFA. Recorde-se que o Liverpool ganhou também em 2019 a Liga dos Campeões europeus.
No que diz respeito ao futebol sul-americano,
Jorge Jesus torna-se no primeiro treinador português a conquistar um campeonato nacional na América do Sul, ao vencer o título brasileiro com o Flamengo, ele que também arrecadou a Libertadores, a liga dos campeões sul-americanos.
Passamos às outras modalidades,
No futebol de praia, Portugal venceu a Itália por 6-4 na final do Campeonato do Mundo, que decorreu no Paraguai, e sagrou-se campeão mundial pela segunda vez na história, depois do título arrecadado em 2015, isto desde que a FIFA organiza o evento.
No râguebi, a África do Sul sagrou-se Campeã do Mundo ao bater a Inglaterra por 32-12 e conquistou o título pela terceira vez, num mundial que decorreu no Japão.
No hóquei em patins, Portugal sagrou-se campeão mundial, depois de vencer a Argentina na marcação das grandes penalidades, em Barcelona em Espanha. No fim do tempo regulamentar as duas equipas estavam empatadas sem golos, no entanto os portugueses venceram por 2-1 na marcação das grandes penalidades.
Ainda no hóquei em patins, Angola venceu o primeiro Campeonato Africano das Nações da modalidade, que decorreu em Luanda, derrotando a Selecção moçambicana por 5-3 no terceiro e derradeiro jogo que deu o título aos angolanos. Angola terminou no primeiro lugar com dois triunfos em dois jogos, enquanto Moçambique acabou no segundo lugar com uma vitória, e o Egipto ficou na última posição com duas derrotas.
E por fim no judo, o atleta luso-são-tomense, Jorge Fonseca, que representa Portugal, sagrou-se campeão do mundo na categoria de -100kg em Tóquio, no Japão.
Chegamos ao fim deste balanço desportivo de 2019. Em 2020 o ano desportivo será marcado pelos Jogos Olímpicos de Tóquio.
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