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Sudão

Sudão: militares querem negociar e oposição pede governo civil.

Os tiros continuam a fazer-se ouvir nas ruas de Cartum, depois de a repressão levada a cabo pelo Conselho Militar no poder ter feito, desde segunda-feira, 60 mortos e mais de 300 feridos, alguns em estado grave.

Forças da ordem estacionadas em locais onde se concentram manifestantes em Cartum.
Forças da ordem estacionadas em locais onde se concentram manifestantes em Cartum. ASHRAF SHAZLY / AFP
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Os militares sudaneses querem agora negociar com a oposição.

No entanto, os movimentos contestatários não comentam o pedido de diálogo dos militares, que surge dois dias depois duma intervenção mortal contra manifestantes em Cartum .

A oposição tem vindo a exigir a transferência do poder para mãos civis, e rejeita o pedido de eleições feito pelos militares.

Faz, contudo, saber que um dos seus chefes foi preso, hoje, em Cartum, pelos serviços de segurança.

E fala de massacre, acusando os paramilitares, ligados ao exército sudanês, de terem dispersado, à força, as manifestações que, desde o início da semana, se concentram frente ao quartel-geral do exército.

Segundo os contestatários, os hospitais têm sido também atacados pelos militares sudaneses.

A nível internacional, a Arábia Saudita sublinha a importância de se retomar o diálogo no Sudão.

Por seu turno, Washington, Londres e Oslo denunciam o apelo dos militares sudaneses.

Contudo, a China e a Rússia bloquearam, ontem, no Conselho de Segurança da ONU, um texto condenando os mortos civis e pedido o fim imediato das hostilidades.

Entretanto, ao som das balas poucos automóveis circulam nas ruas quase desertas da capital sudanesa, onde hoje se celebra o final do Ramadão.

São, no entanto, são também poucos os fiéis que oram em Cartum.

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