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Argélia

Argélia: Recandidatura de Bouteflika oficializada

Milhares de argelinos voltaram a sair às ruas de Argel e de outras cidades, este domingo, para pedir ao presidente Abdelaziz Bouteflika para desistir de se candidatar a um quinto mandato. A sua candidatura foi oficializada,hoje, de acordo com o canal Ennahar TV.

O presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika. 4 de Maio de 2017.
O presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika. 4 de Maio de 2017. RYAD KRAMDI / AFP
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O dossier de candidatura de Abdelaziz Bouteflika às presidenciais de 18 de Abril foi entregue este domingo ao Conselho Constitucional, apesar dos protestos nas ruas. A notícia foi avançada pelo canal Ennahar TV, de acordo com a agência France Presse.

Este sábado, o chefe de Estado argelino - de 82 anos e que raramente aparece em público desde que sofreu um AVC em 2013 - encontrava-se hospitalizado em Genebra, onde está há uma semana para uma série de exames médicos. Porém, ele não é obrigado a entregar pessoalmente a candidatura.

Considerando que o Presidente cessante também não está em condições para dirigir pessoalmente o país, milhares de argelinos voltaram a sair às ruas de Argel e de outras cidades para dizer não a um quinto mandato. Perto do Conselho Constitucional e rodeados por um forte dispositivo de segurança, os estudantes manifestaram-se contra a candidatura e a polícia recorreu a canhões de água. Os protestos também aconteceram nas cidades de Oran, Batna, Blida, Skikda e Bouira.

Em França, onde vive uma significativa comunidade argelina, centenas de manifestantes também se concentraram na Praça da República, em Paris, para contestar a eventual recandidatura de Abdelaziz Bouteflika.

Na sexta-feira, dezenas de milhares de argelinos também protestaram em todo o país. As manifestações começaram a 22 de Fevereiro e ganharam uma dimensão inédita em 20 anos de poder de Bouteflika.

 

Ali Benflis, principal adversário de Bouteflika, desistiu da candidatura

Ali Benflis, o principal adversário de Abdelaziz Bouteflika nas presidenciais de 2004 e 2014, não se vai candidatar ao escrutínio de 18 de Abril, de acordo o seu partido.

Antigo primeiro-ministro de Bouteflika entre 2000 e 2003 e antigo secretário-geral da FLN, Ali Benflis entrou em ruptura com o Presidente ao recusar apoiá-lo aquando da candidatura a um segundo mandato.

 

 

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